A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra e com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), prendeu na última quarta-feira (09), Heric da Silva Fidelis de Miranda, de 22 anos, réu pelo latrocínio do taxista José Erculano Marques, de 75 anos. O indivíduo era o último envolvido que ainda não havia sido preso pelo crime ocorrido em março do ano passado.
Em uma ação integrada entre a Divisão de Homicídios da Serra e a polícia mineira, o indivíduo foi localizado e preso na cidade de Chalé, em Minas Gerais. “Nós tínhamos a informação de que ele estava escondido na cidade e contamos com o apoio da polícia mineira para efetuar a prisão. Agora, todos os envolvidos nesse latrocínio estão presos e à disposição da Justiça”, disse o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
O caso
O taxista José Erculano Marques, de 75 anos, foi encontrado morto dentro do porta-malas do carro em que trabalhava, no dia 10 de março de 2023, próximo a uma ferrovia, no bairro Jacuhy, na Serra.
No dia 09 de março, a vítima teria saído para trabalhar no período da manhã. Já no serviço, dois homens e uma mulher embarcaram no táxi. “O que nos chamou atenção foi que o táxi da vítima era o quarto da fila no ponto, porém os suspeitos foram de imediato em direção a ele, o que evidencia que pelo menos um deles já conhecia o taxista”, informou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
“O taxista costumava ter uma rotina definida, com horários de almoço em casa e hora para retornar do trabalho. Porém, no dia do crime ele não apareceu para as refeições, o que levou o filho da vítima a realizar um registro na delegacia”, afirmou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
Após o registro da ocorrência, a equipe policial iniciou a busca pelo táxi. Por meio do cerco eletrônico, foi possível averiguar a última localização do carro, sendo no limite entre os municípios de Cariacica e Serra.
O táxi foi localizado após 24 horas de diligência, abandonado próximo a uma linha ferroviária, no bairro Jacuhy, na Serra. A vítima foi encontrada sem vida dentro do porta-malas. Ainda segundo investigações, após o embarque, a vítima teria sido rendida, roubada e trancada ainda com vida no porta-malas, sendo exposta a altas temperaturas.
Por meio de investigações, foi concluído o crime de latrocínio. “A motivação do crime se deu porque a vítima tinha o hábito de andar com alta quantidade de dinheiro no bolso da camisa e as corridas também eram pagas em dinheiro, o que chamava atenção dos passageiros e pessoas ao redor”, explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
Os laudos produzidos pela perícia da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) evidenciaram as condições nas quais o taxista foi submetido. “Foram averiguados amassados no porta-malas e machucados nas mãos e dedos da vítima, evidenciando que o taxista tentou sair do porta-malas. De acordo com o médico legista, a causa da morte foi infarto agudo do miocárdio. A vítima foi exposta a períodos de alta temperatura por cerca de 20 horas, contabilizando 30ºC no ambiente externo e 50ºC dentro do porta-malas”, evidenciou o perito Oficial Criminal da Polícia Científica do Espírito Santo, Carlos Augusto Chamoun.
Identificação e prisão dos suspeitos
O chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, informou que, logo após a divulgação das imagens dos envolvidos, diversas denúncias foram recebidas pelo Disque-Denúncia 181, identificando e qualificando os suspeitos e informando seus possíveis endereços. A equipe foi a campo e intimou testemunhas, que reconheceram a suspeita e o filho dela, além de um terceiro homem como os autores do crime.
“No dia 19 de julho, realizamos a prisão da mãe em uma praça no bairro Nova Brasília, em Cariacica. Já no dia 30 de julho, prendemos o filho, também em Nova Brasília. Ele ainda tentou fugir por uma área de mata, mas o cerco foi bem feito e ele foi preso. Mãe e filho confessaram o crime com detalhes”, destacou o delegado Rodrigo Sandi Mori. Ambos foram indiciados por latrocínio e já são réus em ação penal.
Sobre o planejamento do crime, o delegado explicou que a mulher conheceu a vítima meses antes, durante uma corrida de táxi, e começou a observar que ele sempre carregava dinheiro em espécie. “Na manhã do crime, ela chamou o filho e um terceiro suspeito para executarem o assalto. Eles saíram do bairro Nova Brasília armados e abordaram a vítima, que aceitou fazer uma corrida com a mulher no banco da frente e os outros dois atrás. Durante o trajeto, o terceiro suspeito anunciou o roubo, e juntos, subtraíram cerca de R$ 500 da vítima”, relatou Sandi Mori.
Após o roubo, a vítima foi colocada no porta-malas do táxi e abandonada. “Eles furaram o pneu do veículo antes de fugir e assumiram o risco da morte da vítima, que ficou trancada no porta-malas sob o sol”, completou o delegado.
Ainda segundo o delegado, o objetivo inicial dos suspeitos era apenas o roubo, mas que, ao trancar a vítima no porta-malas, eles assumiram o risco de causar a morte do taxista. O delegado pontuou que a mulher já tinha sido indiciada por homicídio em 2003, mas havia sido absolvida no tribunal do júri.
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