Governo do Estado do Espírito Santo
07/07/2025 18h00

Caso Lázaro: Polícia Civil detalha prisões e avanço das investigações em São Mateus  

Foto: Aleander Gomes
Da esquerda para direita: perito chefe da Seção Regional de São Mateus da PCIES, Felipe Louzada; perito oficial-geral da PCIES, Carlos Alberto Dal-Cin; diretor-geral da Polícia Penal (PPES), José Franco Morais Júnior; delegado-geral adjunto da Polícia Civil (PCES), José Lopes; superintendente de Polícia Regional Norte (SPRN), delegado Fabrício Dutra; chefe da 18ª Delegacia Regional de São Mateus, delegado Isaac Gagno e o titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus, delegado Marcelo Cruz
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus, apresentou, na manhã desta segunda-feira (07), em coletiva na Chefatura de Polícia, em Vitória, os desdobramentos da investigação sobre o desaparecimento do adolescente Lázaro Airan dos Santos Pereira, de 17 anos, visto pela última vez no dia 12 de junho, no Centro de São Mateus. Na última sexta-feira (04), o corpo foi localizado em uma cova profunda no distrito de Guriri, em São Mateus, após uma denúncia anônima recebida pela Polícia Penal.
O superintendente de Polícia Regional Norte (SPRN), delegado Fabrício Dutra, destacou a importância da integração e do uso de tecnologia na elucidação do caso. “As câmeras da cidade foram fundamentais para iniciarmos a investigação. A Polícia Civil trabalha com protocolos bem definidos, com base em vestígios e indícios, que se transformam em provas após a validação judicial. Montamos um verdadeiro quebra-cabeça a partir das imagens, identificando os envolvidos e ativando o protocolo de sequestro. Há um trabalho sério sendo realizado na região Norte, com redução de homicídios e investigações céleres”, contou o superintendente. 

O chefe da 18ª Delegacia Regional de São Mateus, delegado Isaac Gagno, reforçou a importância da atuação integrada entre os órgãos de segurança. “Trabalhamos em sintonia com a Polícia Científica, a Polícia Penal e a Polícia Militar. Não houve qualquer tipo de impedimento. Pelo contrário, o trabalho integrado com a Polícia Militar foi fundamental. Mesmo diante da pressão por respostas, é preciso respeitar o tempo e os procedimentos técnicos da investigação e a resposta está sendo dada”, disse. 

O diretor-geral da Polícia Penal (PPES), José Franco Morais Júnior, explicou a participação da instituição: “A Polícia Penal atuou em dois momentos. Primeiro, com a equipe de inteligência, que fez a apuração inicial das informações, repassadas à Polícia Civil para as devidas providências. Em segundo, contribuímos com a manutenção da custódia dos presos, o que garante a continuidade e eficácia das investigações.”

Localização do corpo

Na última sexta-feira (04), o corpo foi localizado em uma cova profunda no distrito de Guriri, em São Mateus, após uma denúncia anônima recebida pela Polícia Penal.  Nesse sábado (05), o corpo foi reconhecido preliminarmente pela mãe da vítima, por meio de uma tatuagem no pescoço como sendo do adolescente. Os exames necroscópicos foram realizados pela Polícia Científica.  

Sobre a localização do corpo, o delegado Marcelo Cruz relatou: “No 22º dia de investigação, recebemos a informação de que a vítima estaria em uma área de mata em Guriri. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Penal passaram o dia nas buscas. Às 15h, localizamos a cova, bastante profunda, indicando ocultação premeditada. Ainda estamos apurando a motivação. A princípio, a vítima teria sido chamada para entregar uma televisão, negociada por um terceiro, e acabou sendo levada pelos autores.”

O perito oficial-geral da Polícia Científica (PCIES), Carlos Alberto Dal-Cin, informou que a instituição foi acionada em duas frentes: “Primeiro, fizemos o recolhimento do corpo e a análise do local. O avançado estado de decomposição dificultou a identificação da causa da morte, por isso coletamos materiais biológicos para exames complementares. Paralelamente, realizamos perícia em veículos supostamente envolvidos. Foi detectada a presença de vestígios de sangue por meio do reagente Blue Star. O material foi coletado e está sendo comparado com o DNA da vítima.”

Ele ainda complementou: “Encontramos fios com possibilidade de uso para amarração ou asfixia. Esses materiais também serão analisados para extração de vestígios epiteliais e posterior confronto genético.”

Prisões realizadas

A Polícia Civil detalhou as seis prisões já realizadas no curso da investigação:

  • 17 de junho: homem de 24 anos preso após comparecer à Delegacia de São Mateus e indicar o local onde estaria a televisão.

  • 26 de junho: dois homens, de 24 e 35 anos, presos durante operação no distrito de Guriri.

  • 01 de julho: homem de 25 anos preso no bairro Vila Landinha, em Barra de São Francisco. No mesmo dia, um policial militar se apresentou voluntariamente no 13º BPM após tomar ciência de mandado de prisão temporária expedido contra ele.

  • 02 de julho: um homem de 24 anos foi preso em continuidade às diligências.

“Encerramos, em um primeiro momento, a fase de capturas dos suspeitos diretamente envolvidos no crime. A investigação entra agora em uma nova etapa, voltada à consolidação das provas e à confirmação dos vínculos entre os investigados”, disse o titular da DEIC de São Mateus, delegado Marcelo Cruz.
As investigações continuam em andamento, com novas diligências, oitivas e exames sendo realizados para completa elucidação do caso. 


Assessoria de Comunicação Polícia Civil
Comunicação Interna – (27) 3198-5832 / 3198-5834

Informações à Imprensa:
Olga Samara / Matheus Foletto
(27) 3636-1536 / (27) 99846-1111 / (27) 3636-1574 / (27) 99297-8693
comunicapces@gmail.com     
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard