A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus concluiu o Inquérito Policial (IP), que investigou um médico ginecologista, de 46 anos, suspeito de ter feito, pelo menos, 15 vítimas. Ele se aproveitava da profissão para abusar das mulheres durante o atendimento médico.
O médico havia sido preso na última sexta-feira (06), durante a operação "Marias", realizada em alusão aos 15 anos da Lei Maria da Penha, completados no último sábado (07), e também no mês do Agosto Lilás, que é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. A prisão ocorreu no bairro Aviação, em São Mateus, durante cumprimento ao mandado de prisão preventiva.
Os detalhes do Inquérito Policial foram apresentados nesta sexta-feira (13), durante entrevista coletiva, realizada na Chefatura da Polícia Civil.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, explicou porque o suspeito não pode ser indiciado pelo crime de estupro. “O estupro é toda relação sexual não consentida. A diferença da violação sexual mediante a fraude é que ele engana e envolve uma pessoa para que ela permita achar que aquilo é uma verdade”, explicou o delegado-geral.
O início da investigação se deu quando, há um mês, a equipe da Deam de São Mateus recebeu a primeira denúncia de uma paciente do médico ginecologista. Ela havia relatado que, durante o exame, ele teria abusado dela. Depois de ter ciência, a equipe começou a investigar e encontrou mais duas vítimas, que foram essenciais para conseguir o mandado.
“Depois das matérias que saíram na imprensa sobre a prisão dele, apareceram 12 vítimas. No total, foram 15 mulheres, sendo cinco grávidas. Os atendimentos eram públicos e particulares e, os primeiros abusos, são desde o ano de 2019. Ele aproveitava o fato de ser médico, achando que sairia impune”, conta a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, delegada Gabriella Zaché dos Santos.
O Inquérito Policial foi concluído e será remetido à Justiça. O médico foi indiciado por violação sexual, mediante fraude e outro Inquérito será instaurado para identificar outras possíveis vítimas.
Texto: Matheus Zardini
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