Governo do Estado do Espírito Santo
08/10/2025 13h34 - Atualizado em 08/10/2025 16h15

Deam de Cariacica e Guarda Municipal prendem suspeito de manter jovem em cárcere privado  

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica, com apoio da Guarda Municipal de Cariacica e do Grupo de Operações com Cães (GOC), prendeu, nessa terça-feira (07), um homem de 23 anos, suspeito de manter uma mulher, de 18 anos, em cárcere privado e submetê-la a violência sexual, além de envolvimento com o tráfico de drogas, em Cariacica. O suspeito foi encontrado com a vítima em uma praça da região.  

As investigações tiveram início após o pai da vítima procurar a Deam de Cariacica relatando que sua filha estaria sendo mantida em cárcere privado por um homem. Segundo o registro, o suspeito chegou a enviar mensagens exigindo que a família entregasse pertences da vítima no endereço onde residia.

Com base nas informações e após o acionamento da Guarda Municipal, as equipes se deslocaram até a residência do suspeito, não encontraram o suspeito nem a vítima, mas encontraram indícios de tráfico de drogas, como uma munição calibre .380 e embalagens plásticas utilizadas para acondicionamento de drogas. Segundo denúncias recebidas pelas equipes, o suspeito costumava comercializar entorpecentes em uma praça da região, local onde a equipe localizou o suspeito e a vítima.

“A Polícia Civil reforça seu compromisso com o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, destacando que a prisão realizada representa uma importante medida de garantia da integridade física e psicológica da vítima, além de evidenciar o empenho das equipes na investigação, apuração e responsabilização de crimes dessa natureza”, disse a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-Deam), delegada Cláudia Dematté.

De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica, delegada Millena Chaves Senhorinho, a vítima e o acusado se conheceram no dia 4 de outubro e passaram a se relacionar, tendo a vítima pernoitado na casa do homem de sábado para domingo. “No dia 5 de outubro (domingo), ela resolveu ir embora do local, no entanto, o acusado não mais permitiu sua saída da casa. De domingo (5) para terça (7), a vítima estava sempre sob a vigilância do acusado, sem comunicação com a família, pois não estava com o celular. Nesse tempo, sofreu violência sexual, sob ameaça de agressão e de morte à família”, explicou a delegada.

A delegada detalhou ainda que, nessa terça-feira (07), a vítima aproveitou um momento em que o suspeito foi tomar banho, pegou o celular dele e pediu ajuda à mãe por mensagens, apagando as conversas em seguida. “Durante os dias em que esteve sob poder do acusado, a vítima só podia sair de casa acompanhada dele, quando o suspeito realizava atividades ligadas ao tráfico de drogas, o que impedia que ela pedisse ajuda ou falasse com outras pessoas”, complementou.

“Diante da denúncia feita pela família, nos deslocamos ao local dos fatos, com apoio da Guarda Municipal de Cariacica e do GOC, ocasião em que o autor foi capturado e a vítima, resgatada. Foram ainda encontradas drogas ilícitas, que teriam sido escondidas pelo agressor em um terreno próximo ao ponto onde foi dada voz de prisão”, concluiu a delegada Millena Chaves Senhorinho.

O suspeito foi encaminhado à Deam de Cariacica, onde foi autuado por cárcere privado, estupro, ameaça, vias de fato, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo (art. 148, 213 e 147 do Código Penal; art. 21, §2º, do Decreto-Lei 3.688/41, na forma da Lei 11.340/06; art. 33 da Lei 11.343/06; art. 12 da Lei 10.826/03). Após a autuação, ele foi encaminhado ao Centro de Triagem, localizado no Complexo Penitenciário Rodrigo Figueiredo da Rosa.

A vítima recebeu atendimento e acompanhamento especializado. O inquérito segue sob responsabilidade da Deam de Cariacica. 

“A mulher que for vítima de violência doméstica e familiar não deve se calar. É fundamental registrar o Boletim de Ocorrência na delegacia do município onde ocorreu o fato, ou acionar a Polícia Militar em casos de flagrante. Denúncias também podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181 ou pelo Disque 180. O enfrentamento à violência contra a mulher depende do trabalho em rede e do compromisso de toda a sociedade na desconstrução de valores machistas”, ressaltou a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-Deam), frisou Cláudia Dematté.

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