A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), recolheu 23 mil unidades de sabão em pó com indícios de falsificação das prateleiras de supermercados da Grande Vitória, nessa terça-feira (15). A Operação deflagrada no Espírito Santo é o desdobramento de uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, que identificou lotes falsificados da mesma marca de sabão, sendo comercializados em estabelecimentos mineiros.
Com o avançar das investigações foram identificadas duas redes de supermercados localizadas na Grande Vitória, vindas de Minas Gerais, que poderiam estar colocando esses produtos para serem comercializados no Estado.
“Nós fizemos uma fiscalização nessas duas redes e, baseados nessas informações iniciais, identificamos que dois lotes do produto à venda aqui no Espírito Santo tinham indícios de falsificação”, explicou o titular da Decon, delegado Eduardo Passamani.
As 23 mil caixas do sabão em pó, cerca de 25 toneladas, foram retiradas de circulação dos supermercados. “Identificamos a princípio dois lotes com problema, que são o 42E e 45E da marca Omo. Estamos divulgando o nome da marca porque ela é vítima desse processo, foi uma fraude contra a marca também, que afeta o consumidor”, esclareceu o delegado.
Sobre os estabelecimentos fiscalizados, o delegado explicou que, a princípio, a investigação indica que também foram vítimas da fraude. “O consumidor que fez a aquisição desses lotes pode conferir e procurar o estabelecimento comercial para solicitar o requerimento do produto. Os supermercados já foram informados e estão cientes que devem efetuar a troca”, orientou Passamani.
Como identificar?
O titular da Decon explicou que há formas de identificar o produto falsificado, antes ou depois da compra. A primeira orientação, neste caso específico, é observar o lote do produto. Nesta fase da investigação, a polícia identificou indícios de falsificação nos lotes da marca Omo terminados em 42E e 45E.
O consumidor pode também observar detalhes da embalagem. Ao pegar a caixa, ainda lacrada, e sacudir em diferentes direções, deve-se observar se há vazamentos dos flocos de sabão. Se começar a cair pó, é indício de que o produto foi adulterado, pois as caixas originais contam com vedação específica para evitar isso.
A outra maneira é fazer a abertura da caixa por completo e observar a cola. Se a caixa for fechada com cola quente, é um indício de falsificação. O produto original é fechado com duas fitas com pontilhados que marcam o trilho da cadeia produtiva.
Também pode passar a unha onde fica a validade e o número do lote. Se estiver liso demais, desconfie, porque o produto original é impresso a laser, fica um pouco de relevo. O produto falsificado é impresso direto na caixa.
“Quando colocamos o produto falsificado na água, ele fica mais aguado, virando uma água clarinha. O original é mais encorpado, de padrão de qualidade melhor, mas isso é mais difícil de visualizar. Já o supermercado e a marca podem ter sido vítimas dessa fraude, mas o consumidor não pode ser penalizado, então tem direito a troca e existe a responsabilidade do mercado para fazer. Se o supermercado não fizer a troca desses lotes, a orientação é procurar a delegacia”, pontuou Eduardo Passamani.
Texto: Brenda Corti, estagiária da Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)
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