A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Crimes Contra Estabelecimentos Comerciais (DCCEC), prendeu, no bairro Jardim Campo Grande, em Cariacica, na última quarta-feira (17), um suspeito de 26 anos apontado como um dos principais autores de furtos de mais de 200 baterias de lítio de sites de operadoras de telefonia. Os crimes geraram um prejuízo superior a R$ 1 milhão e colocaram em risco a continuidade dos serviços de telefonia e internet à população.
As informações foram repassadas em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
Segundo o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, o impacto desses crimes vai muito além do prejuízo financeiro. “O furto dessas baterias pode causar grandes transtornos para a população. Hospitais, empresas e pessoas que trabalham em home office dependem desses equipamentos para manter a conexão. Por isso, é uma investigação importante. Até o momento, temos conhecimento de mais de 200 baterias furtadas. O Deic está atuando, e haverá uma segunda fase das investigações. Pedimos que a população que tiver informações sobre esses crimes colabore pelo telefone 181, para que possamos identificar todos os envolvidos”, afirmou.
O superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo, destacou o esforço do Deic na investigação. “Foi uma demanda apresentada por uma empresa de telefonia à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), que direcionou o caso à Polícia Civil, especificamente ao Deic. A investigação foi complexa e envolveu todas as unidades do Deic, resultando na prisão do suspeito. Essa é apenas a primeira fase; outras etapas irão atingir outros núcleos dessa organização criminosa”, disse.
O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, detalhou a operação. “Em julho, realizamos a prisão em flagrante de três indivíduos com baterias em mãos. Um mês depois, solicitamos ao Poder Judiciário cinco mandados de busca e apreensão e a prisão preventiva do principal executor desses crimes. Com as provas obtidas, identificamos o chefe da associação criminosa. Agora, vamos aprofundar as investigações para identificar receptadores das baterias e, possivelmente, funcionários das empresas que possam estar envolvidos”, disse.
O delegado também explicou o impacto das ações criminosas: “As baterias furtadas interrompem o funcionamento das torres, afetando o sinal de telefonia e internet de residências, hospitais e delegacias. Cada bateria furtada custa entre R$ 8 mil e R$ 10 mil. Esse suspeito chegou a furtar 10 baterias em um único dia, causando um prejuízo de aproximadamente R\$ 80 mil. Até o momento, estimamos 200 baterias subtraídas em todo o estado”, contou.
Segundo Monteiro, os suspeitos eram terceirizados e tinham conhecimentos técnicos específicos: “Não é um trabalho que qualquer pessoa consegue fazer. Eles utilizavam chaves e métodos especializados para acessar e subtrair as baterias das torres, colocando em risco serviços essenciais à população.”
O principal suspeito confessou pelo menos seis crimes e está colaborando com as investigações. As penas para furto qualificado de bens que prejudicam órgãos públicos variam de dois a oito anos, podendo ser somadas no caso de múltiplos crimes, além de responder por associação criminosa.
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