Governo do Estado do Espírito Santo
12/12/2022 12h53

DHPM prende acusados de assassinar policial civil aposentada e escritora capixaba

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), prendeu dois homens, ambos com 29 anos, acusados de envolvimento no homicídio da agente de Polícia Civil aposentada e escritora capixaba Lacy Fernandes Ribeiro, de 64 anos.  A policial foi assassinada a facadas dentro de casa, no dia 03 de janeiro de 2013, no bairro Nova Carapina I, na Serra. O crime causou grande comoção na época, pois o corpo foi arrastado e deixado sem roupas no terraço de sua casa.

Um dos detidos também é apontado como autor do homicídio de Maria Ramos, de 45 anos. Ela foi morta a facadas no dia 10 de dezembro de 2012, no bairro Mestre Álvaro, na Serra.

As prisões ocorreram no dia 14 de outubro, no bairro André Carloni, na Serra. Todos tinham mandados de prisão em aberto e são réus em ação penal. Os detalhes sobre as prisões e as investigações foram divulgados em entrevista coletiva, na última quinta-feira (08), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

A titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, disse que a rotina da delegacia de sempre examinar inquéritos antigos ajudou a encontrar novos indícios no crime e dar uma conclusão às famílias das vítimas. Somente neste ano, 11 inquéritos antigos foram concluídos.  

No caso de Lacy Fernandes Ribeiro, quando a polícia passou a olhar novamente na investigação, encontraram um segundo homicídio praticado 20 dias antes com elementos parecidos e, por isso, as investigações passaram a ser conduzidas juntas. "Alguns inquéritos de homicídios que são complexos, então, demandam um tempo e esperamos que outras informações surjam. No início, as duas investigações tiveram várias linhas e precisamos checar cada uma", disse a delegada.

Segundo as investigações, um dos suspeitos ofereceu às duas vítimas serviços de capina de quintal e passou a observar a rotina delas, esperando o melhor momento para cometer o crime.

"A gente conseguiu elementos tanto técnicos quanto subjetivos. Vários depoimentos conseguimos confrontar com o que foi prestado na época e vimos que, de acordo com as provas técnicas, não tinham veracidade. E aí confrontamos, agora, este ano, aquelas testemunhas da época e algumas se retrataram e disseram a verdade. Tem testemunhas que até disseram ter certeza que o revólver da policial estava em poder de um dos autores", explicou a delegada.

Segundo Raffaella Aguiar, não foi possível afirmar a motivação do crime, porque os dois presos negam a autoria dos assassinatos.

Durante as investigações, um dos investigados que estava preso por outro crime, recebeu benefício da saidinha e foi conversar com o comparsa. "Muito provavelmente traçaram uma estratégia de defesa, na qual negariam o fato e não dariam nenhuma outra informação, então, a motivação, não conseguimos descobrir, porque eles negam o fato e não falam além", informou a delegada.

 


Texto: Olga Samara Gomes 

 

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