Governo do Estado do Espírito Santo
09/09/2025 15h15

DHPP conclui inquérito que apurou quádrupla tentativa de homicídio em Vila Velha

Foto: Adorisio Leal / Sicoi PCES
adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Adriano Fernandes; comandante do 4° Batalhão da Polícia Militar (PMES), tenente-coronel Walter; delegado-geral adjunto da PCES, José Lopes; chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), delegado Ricardo Almeida e o adjunto da DHPP de Vila Velha, delegado Cleudes Junior.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, concluiu as investigações sobre a quádrupla tentativa de homicídio ocorrida em março deste ano, no bairro Vila Garrido, em Vila Velha. As vítimas, de 15, 17, 19 e 24 anos, todas do sexo masculino, foram alvejadas em razão de conflitos ligados ao crime organizado na região.

Um dos suspeitos, um homem de 37 anos, apontado como líder da facção Terceiro Comando Puro (TCP) na Grande Santa Rita, foi preso em agosto deste ano pela Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), em Vila Velha, após ser abordado em um veículo blindado na Praia de Itaparica. No mesmo mês, um adolescente de 17 anos, apontado como autor dos disparos, foi apreendido no bairro Santa Rita. Os detalhes foram apresentados em coletiva de imprensa na última quinta-feira (04), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.

O delegado-geral adjunto da PCES, José Lopes, destacou a integração entre as forças de segurança. “Essa é mais uma prisão importante e com uma parceria, com essa integração com a Polícia Militar. Fomos acionados, todos estávamos de folga, mas prender é bom e não nos incomodamos em parar para trabalhar”, disse.

O comandante do 4º Batalhão da PMES, tenente-coronel Walter, reforçou o papel da atuação conjunta. "Essa integração é uma característica da segurança pública no Espírito Santo. Tomamos conhecimento da soltura do indivíduo extremamente perigoso e, em menos de 24 horas, surgiu um novo mandado de prisão. Por meio dessa integração prática e real, nosso 4º Batalhão colocou os agentes em campo, localizamos o indivíduo e realizamos a prisão”, relatou.

Segundo o tenente-coronel, a prisão ocorreu em um período crítico de disputa entre facções na região de Santa Rita. "Se permanecesse solto, o suspeito poderia ter participado ou ordenado novos ataques. Foi uma prisão que desarticulou planos da facção criminosa, e isso é um grande mérito das instituições e dessa integração”, ressaltou Walter.

Já o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Cleudes Junior, afirmou que o crime em Vila Garrido é resultado da guerra entre facções rivais que já provocou a morte de inocentes. O suspeito, integrante do TCP, utilizava menores para executar ataques contra áreas dominadas pelo Primeiro Comando de Vitória (PCV). O homem preso é considerado de extrema periculosidade e tem um vasto histórico criminal, incluindo tráfico internacional de drogas. Ele chegou a ficar foragido no Paraguai, de onde enviava armas e drogas para o Brasil.

De acordo com as investigações, durante o ataque em Vila Garrido, o criminoso ordenou que o adolescente disparasse contra quatro pessoas, caracterizando a quádrupla tentativa de homicídio. “Ele utilizou uma pistola 9mm e, no momento do ataque, gritou em alto e bom som que ali era a ‘Tropa do Jão’, como era conhecido o chefe do TCP”, detalhou o delegado Cleudes Junior.

A apuração apontou ainda que o TCP buscava retomar territórios perdidos para o PCV no bairro Vila Garrido. O mandante tinha parentes na região e fomentava ataques para recuperar o domínio do tráfico. A DHPP representou pela prisão temporária do suspeito, que, posteriormente, foi convertida em preventiva. Antes mesmo do fim do prazo de 30 dias, o inquérito foi concluído e o Ministério Público do Espírito Santo (PMES) ofereceu denúncia, manifestando-se favorável à prisão.

“Cientes da prisão preventiva e da saída do suspeito, iniciamos contatos pelos meios da inteligência das Polícias Civil e Militar, que resultaram na localização e prisão dele pela PMES”, explicou o delegado Cleudes Junior.

Em relação ao adolescente de 17 anos, o delegado informou que ele também é considerado de alta periculosidade. Além da quádrupla tentativa de homicídio, dias após o ataque em Vila Garrido ele baleou mais uma pessoa.

O homem de 37 anos foi indiciado por quatro homicídios tentados e por corrupção de menores. Já o adolescente responderá por ato infracional análogo aos quatro homicídios tentados.

 

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