A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, concluiu as investigações sobre o homicídio de Claudiomar Costa Souza, de 39 anos, conhecido como “Biguá”. Dois homens, de 51 e 40 anos, foram presos preventivamente e são réus pelo crime, ocorrido em 19 de maio deste ano. O corpo da vítima foi localizado no dia 21 de maio, ocultado em uma plantação de eucaliptos em Nova Almeida, na Serra.
As investigações contaram com apoio do sistema de videomonitoramento do Cerco Inteligente do Governo do Estado e com análises do Laboratório de DNA Forense (LABDNA) da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES). O caso foi detalhado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou a integração entre as forças policiais. “Foi um homicídio por motivo banal, que demonstra o quanto ainda há quem desvalorize a vida humana. O trabalho da DHPP da Serra foi extremamente qualificado, com apoio fundamental da Polícia Científica, que conseguiu materializar a autoria e fortalecer as provas”, afirmou.
A perita-geral adjunta da Polícia Científica, Daniela de Paula, reforçou a importância da perícia no caso. “Identificamos que a vítima morreu em razão de um golpe na região torácica, que atingiu o pulmão e provocou hemorragia interna. Também localizamos manchas de sangue no veículo, mesmo após tentativas de limpeza, que foram analisadas pelo LABDNA da PCIES e confirmaram a compatibilidade com o perfil genético da vítima. Essas análises foram decisivas para comprovar a dinâmica do crime e a participação dos autores”, explicou.
Já o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Paulo Ricardo Gomes, detalhou o passo a passo da investigação e ressaltou a gravidade do crime. “O primeiro elemento que tivemos foi a localização do corpo, após populares ouvirem os próprios autores comentando em um bar da região. A vítima era uma pessoa conhecida e querida, embora tivesse problemas psiquiátricos e de alcoolismo. Os autores, também com histórico de conflitos e abuso de álcool, tinham uma desavença antiga relacionada à divisão de lucros da pesca", disse.
Segundo o delegado, essa discussão banal no bar foi suficiente para que planejassem a execução. "Eles atraíram Claudiomar para o veículo, onde ele foi golpeado com uma faca e morto. Depois, ocultaram o corpo em uma plantação de eucaliptos, já na localidade de Nova Almeida, e tentaram eliminar vestígios de sangue no carro e nas roupas. Foi um crime com requintes de dissimulação, em que os suspeitos criaram uma situação para retirar a vítima do bar, impediram qualquer chance de defesa e ainda buscaram se desfazer das provas", contou o delegado Paulo Ricardo Gomes.
Mesmo após tentativas de limpeza, a perícia conseguiu identificar vestígios de sangue no teto do veículo, compatíveis com o DNA da vítima, o que confirmou a dinâmica do crime. "Esse trabalho científico, aliado aos depoimentos de testemunhas e às imagens do Cerco Inteligente do Governo, foi essencial para robustecer o inquérito e garantir a responsabilização dos autores”, destacou.
Durante as diligências, a equipe conseguiu identificar a movimentação de fuga dos autores. "Um deles permaneceu na região, mas o outro deixou o Estado. Descobrimos, no entanto, que ele voltaria à Serra para receber valores de sua rescisão trabalhista, firmada um dia antes do crime. A partir dessa informação, montamos uma operação de vigilância e conseguimos efetuar a prisão dele no dia em que compareceu para receber o acerto", disse.
Com a conclusão das investigações, os dois réus permanecem presos preventivamente e irão responder por homicídio qualificado, por motivo fútil, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
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