A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra, concluiu o inquérito que investigava o homicídio do taxista Rodinei Gleison de Oliveira, ocorrido no dia 02 de agosto de 2020. Quatro suspeitos foram presos e são réus no processo que tramita na 4ª Vara Criminal da Serra, de competência do Júri.
As informações foram divulgadas, nessa quarta-feira (13), durante uma entrevista coletiva, realizada na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória. Segundo as investigações, a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas do bairro Balneário Carapebus, na Serra, realizando o transporte de drogas para os traficantes da região e participando de festas organizadas por eles.
Inicialmente, foi contemplada a possibilidade de latrocínio, mas, no decorrer das investigações, ficou evidenciado que se tratava de um homicídio. A motivação do crime seria por Rodinei ter, supostamente, informado a localização de uma residência que era utilizada pelos traficantes de Balneário Carapebus para armazenar drogas. Uma apreensão havia sido feita no local e, após a ação, os traficantes se reuniram para tentar descobrir quem havia passado as informações para a polícia. Os suspeitos concluíram que a vítima seria o informante e, assim, iniciou-se o planejamento de sua execução.
Na noite do crime, o taxista estava trabalhando no Terminal de Laranjeiras e teve seus serviços solicitados por dois dos traficantes, de idades 18 e 19 anos, respectivamente, que desejavam comprar drogas no bairro Jardim Juara. O veículo foi seguido por outro carro, que era dirigido por outro suspeito, de 19 anos.
Com o veículo ainda em movimento, um dos traficantes que estava no banco do carona sacou uma pistola de calibre .45 e efetuou o primeiro disparo contra o taxista, que acelerou o veículo, gerando uma colisão contra um muro. Após a colisão, os acusados efetuaram mais quatro disparos, sendo dois no rosto e dois na cabeça da vítima. Os suspeitos fugiram do local no veículo que estava seguindo o carro do taxista.
Segundo o delegado titular da DHPP da Serra, Rodrigo Sandi Mori, não foi possível concluir se a vítima realmente havia repassado informações para a Polícia. “Há a possibilidade de a vítima ter morrido sem motivo, pois não sabemos se ele, de fato, passou as informações sobre a residência para os policiais. Apenas temos confirmação de seu envolvimento com o tráfico da região”, contou o delegado.
Os quatro suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, e três foram indiciados por corrupção de menores, visto que um dos suspeitos era menor de idade na época do delito. Um dos acusados nega participação no crime.
Todas as prisões foram realizadas durante o período das investigações. O primeiro suspeito, de 24 anos, foi preso no dia 25 de agosto de 2020; o segundo suspeito, de 18 anos, foi preso no dia 26 de julho de 2021; e os suspeitos restantes, ambos de 19 anos, foram presos no dia 17 de setembro de 2021. Após os procedimentos de praxe, os presos foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana, onde permanecem à disposição da Justiça.
Durante a coletiva, o delegado Rodrigo Sandi Mori também atestou a importância de não tratar a vítima como um criminoso do mesmo nível daqueles que realizaram sua execução.
“É importante frisar que a vítima era um homem íntegro, trabalhador e pai de família. Porém, escolheu o caminho errado, cujas consequências são a cadeia ou a morte, como foi no caso dele”, pontuou o delegado.
Texto: Assessoria de Comunicação SESP
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