Há 203 anos, Domingos José Martins, herói capixaba que participou como líder e mártir da Revolução Pernambucana, foi fuzilado no Campo da Pólvora, em Salvador, na Bahia. Por conta da sua trajetória, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) decidiu homenageá-lo como patrono, em 1981. A partir desse ano, comemoramos o dia 12 de junho como o Dia do Policial Civil.
A história de Domingo José Martins faz parte da PCES, assim como as de outros servidores que estão atuando, arduamente, para trazerem a elucidação de crimes e segurança para a população capixaba. O ano de 2020 foi diferente, por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), mas, mesmo assim, a PCES deu continuidade a seu legado de conquistas.
"Avançamos na captação de recursos, através da consolidação do nosso “Escritório de Projetos”, que nos garantiu investimentos já aplicados em 2021, e que sustentarão progressivos avanços institucionais nos próximos anos, em infraestrutura, na aquisição de novas tecnologias e em modernização. Os investimentos do Governo do Estado, por meio do Programa Estado Presente, foram essenciais para que pudéssemos empreender grandes e qualificadas operações policiais, sempre executadas com zelo e dedicação pelos nossos policiais”, afirmou o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.
Realização de um sonho
Por conta da influência da família, que é formada por policiais, desde que entrou na faculdade, Raffaella Aguiar, sonhava em ser delegada. O sonho foi realizado em 2012, quando ela passou no concurso da Polícia Civil e ingressou na carreira.
Atualmente, ela é a titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM), delegacia pioneira do país especializada neste tipo de crime. Para a delegada Raffaella Aguiar, de 38 anos, ser titular da DHPM é um grande desafio pessoal e profissional.
“O trabalho me enche de orgulho e satisfação, principalmente, por ser a primeira mulher a ocupar esse cargo, tendo substituído delegados que fizeram um excelente trabalho anteriormente. Então, senti o peso da responsabilidade, mas também a gratificante jornada de ter policiais ao meu lado na mesma sintonia que eu. Sou parte viva da história da PCES que vem cada vez mais quebrando paradigmas, isto é, rompendo dentro da instituição o machismo estrutural”, destacou a delegada.
A titular da DHPM disse ainda que todas as investigações da delegacia têm o objetivo de elucidar o crime, mas, principalmente, dar a família ou a vítima de uma tentativa de homicídio, o mínimo de justiça que esperam.
“Nada é mais gratificante que isso. A DHPM impacta a sociedade trazendo em voga questões sociais importantes para a redução da criminalidade, bem como a certeza de que não haverá impunidade. Além disso, impacta uma nova geração, que passa a reconhecer a polícia como uma instituição da qual sentem vontade de fazer parte”, destaca a delegada Raffaella Aguiar.
Investigador da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) Cariacica, Nilson Senna
Inspiração de carreira
Quando era adolescente, o investigador da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) Cariacica, Nilson Senna de 54 anos, sempre gostava de ler reportagens sobre ações policiais. Entretanto, sua primeira conquista foi ser servidor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mas quando abriu o edital da PCES, se candidatou e entrou na corporação.
De lá para cá, já foram cerca de 23 anos de profissão, atuando em diversos setores, sendo 13 deles na DHPP, tendo, em 2005, passado por um episódio que quase lhe custou a vida, quando foi com uma equipe apurar um homicídio que teve no bairro Flexal, em Cariacica.
“Quando estávamos passando por uma viela, vimos uma pessoa em atitude suspeita que, na tentativa de abordagem, tentou fugir, entrando em uma casa. Eu fui em um dos cômodos e, quando olhei embaixo da cama, vi a pessoa deitada, apontando uma pistola calibre 45, com seis munições, para minha testa, mas com o susto, acabei jogando a cama em cima do suspeito que não conseguiu efetuar o disparo e foi detido”, explicou o investigador Nilson Senna.
Apesar do susto, o fato não desanimou o investigador, já que, de acordo com ele, quem gosta da atmosfera policial, sabe dos riscos. Ele, mesmo estando concursado, continuou estudando, se graduou em Administração de Empresas e em Direito, além de fazer pós-graduação em Internet Multimídia.
Escrivão do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), Claudio Federi
Pouco tempo e muita história
Com cerca de cinco anos de carreira na PCES, o escrivão do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), Claudio Federi, de 35 anos, já passou por diversas situações que ficarão na história. Ele, que sonhava em ser policial desde criança e encontrou na PCES sua vocação pessoal e realização profissional, já trabalhou em diversas delegacias, como a Delegacia de Polícia (DP) de Jaguaré, Delegacia Regional de Linhares e, em 2020, foi lotado na Divisão Patrimonial.
O escrivão conta que conseguiu participar de uma captura de um dos chefes do tráfico de Jaguaré, além da prisão de um chefe de uma das principais organizações criminosas do Rio de Janeiro, em Vila Velha, em maio de 2020. “Foi um trabalho de inteligência onde conseguimos realizar o rastreio dele após informações passadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro”, lembra o escrivão.
Cláudio Federi ainda conta sobre o trabalho na Polícia Civil. “O nosso trabalho representa uma realização justamente por promover a reparação do mal sofrido por vítimas diversas. São os casos mais extremos e não há como não sentir o que essas vítimas estão passando”, afirmou.
Diretor do Departamento Médico-legal (DML), Wanderson Lugão
Da PCES para Vida
O diretor do Departamento Médico Legal (DML), Wanderson Lugão de 42 anos, iniciou a carreira na Polícia Civil, antes de ser médico. Ele entrou na PCES em 23 de março de 2007, como auxiliar de perícia médico legal, por conta do incentivo do irmão, Wellington Lugão, que era investigador de polícia e iria prestar concurso para o seu atual cargo de delegado de polícia.
“No mesmo ano iniciei meu curso de medicina e, graças ao meu trabalho na Polícia Civil, tive condições de pagar meus estudos e me tornar médico. Nela conheci minha esposa, também policial, com quem construí minha família”, disse Wanderson Lugão.
Quando ele se formou em medicina, abriu um concurso para médico legista. Ele tentou e conseguiu, tomando posse em abril de 2014. “Trabalhei na área e, há cerca de quatro anos, fui agraciado com a chefia do Departamento Médico Legal (DML), de Vitória, função que demanda muita responsabilidade e zelo pela administração”, ressaltou o diretor.
Dia do Policial Civil
No Espírito Santo, o Dia do Policial Civil é comemorado em 12 de junho, conforme previsto no artigo 253 da Lei Estadual 3.400, de 17 de janeiro de 1981. Em outros estados é comemorado em datas distintas.
A data faz referência à morte de Domingos José Martins, herói capixaba que participou como líder da Revolução Pernambucana e foi fuzilado no dia 12 de junho de 1817, no estado da Bahia. Domingos Martins é o patrono da Polícia Civil do Espírito Santo.
O Decreto 3.031-N, de 07.08.1990, regulamenta a concessão das medalhas do Mérito Policial e do Serviço Policial.
Texto: Matheus Zardini
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