Governo do Estado do Espírito Santo
05/11/2025 17h36

Operação ‘Lei e Ordem’: PCES prende suspeito de comandar ataques a ônibus na Grande Vitória

Foto: Adriana Nascimento Amaral / Sicoi PCES
chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da DRCC, delegado Brenno Andrade; superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo; delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda; chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro e, o titular da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP), delegado Gianno Trindade.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Crimes Contra o Transporte de Passageiros (DCCTP), subordinada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), prendeu um homem de 42 anos, apontado como um dos responsáveis pelos ataques coordenados contra o sistema de transporte público da Grande Vitória, ocorridos no dia 25 de agosto, no bairro Bonfim, em Vitória.

A ação foi realizada na última sexta-feira (31) durante a operação “Lei e Ordem”, que teve como objetivo cumprir mandados de prisão e busca e apreensão relacionados aos crimes que resultaram na destruição de patrimônio público e privado e causaram pânico entre a população. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (05), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.

Para o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, a prisão representa um avanço técnico e estratégico no enfrentamento à criminalidade organizada. “Trata-se de um marco importante na investigação. Conseguimos identificar a cadeia de comando e provar que, mesmo sem executar diretamente o crime, quem dá a ordem será responsabilizado. Isso é possível com base na teoria do domínio final do fato, que reconhece a autoria de quem tem o poder de determinar e cessar a prática criminosa. Assim, a polícia rompe o ciclo de impunidade de líderes que permaneciam nas sombras”, explicou.

Arruda destacou ainda o planejamento das ações da PCES, baseadas em inteligência e metodologia de investigação laboratorial. “Nossas operações são rigorosamente mapeadas. Quando vamos a campo, já temos a localização precisa e o controle total do ambiente, o que nos permite agir sem confronto e com segurança. Essa prisão é um exemplo de como a inteligência policial, aliada à técnica e ao preparo das equipes, permite resultados expressivos sem risco à população”, completou.

O superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo, falou sobre a importância do trabalho conduzido pelo Deic. “Primeiramente, é importante enaltecer o esforço da equipe do Deic, que realizou uma investigação complexa e desafiadora, com grande impacto para a população, que foi privada do transporte público em decorrência desses ataques. Trata-se de uma apuração difícil, em uma área conflagrada, mas que, com dedicação e técnica, alcançou resultados concretos e identificou os responsáveis por essas ações ilícitas”, afirmou.

O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, detalhou o contexto dos ataques e a forma de atuação da facção criminosa responsável: “Esses incêndios não foram atos isolados, mas parte de uma reação coordenada após a morte de um integrante de facção em confronto com a polícia. Horas depois desse fato, tivemos registros de ônibus incendiados em três municípios diferentes — Vitória, Serra e Cariacica —, o que demonstra claramente o planejamento e a capacidade de articulação desses grupos.”

Segundo Monteiro, a facção responsável adota um modus operandi comum a organizações criminosas que atuam em grandes centros do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. “Eles utilizam ataques a ônibus como forma de intimidação social, de demonstração de força e de afronta direta ao poder estatal. Esses atos são simbólicos: servem para desviar a atenção das ações policiais e tentar enfraquecer a sensação de segurança da população. É uma estratégia que visa ao medo, mas que acaba evidenciando a fragilidade da própria estrutura criminosa quando o Estado reage de forma técnica e integrada”, pontuou.

O delegado também sublinhou a importância de atingir os líderes da estrutura criminosa. “Nosso foco é o núcleo de decisão. O trabalho da Polícia Civil é identificar quem ordena, quem autoriza e quem financia. Quando conseguimos prender o mandante, toda a cadeia hierárquica é abalada. Eles perdem referência, comando e controle. É assim que se enfraquece uma facção: não apenas prendendo o executor, mas desarticulando quem movimenta as ordens e recursos. Esse é o eixo central da Operação ‘Lei e Ordem’”, explicou Monteiro.

O homem preso foi detido preventivamente pelos crimes de incêndio, corrupção de menores e participação em organização criminosa. Outro investigado, apontado como coautor, segue foragido e é procurado pelas equipes policiais.


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