A Polícia Civil (PCES) realizou uma operação integrada com a Polícia Militar (PMES), nessa quarta-feira (1º), nos municípios de Serra e Vila Velha, com o objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de praticar diversos crimes de roubos a lojas e revenda de aparelhos celulares na Grande Vitória e no interior do Estado, nos últimos meses. Durante a ação, três receptadores que faziam parte da quadrilha foram detidos.
As prisões foram divulgadas, na manhã desta quinta-feira (02), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória, após o trabalho integrado das Delegacias de Polícia (DPs) de João Neiva e Domingo Martins, a Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP) e a 6ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).
Durante as investigações, foi descoberto que 13 integrantes fazem parte da mesma quadrilha, sendo que seis foram presos, relacionados a um roubo em uma loja de celulares no bairro Jardim Camburi, em Vitória, na última quarta-feira (25), e em uma loja na Serra. As outras quatro pessoas estão foragidas.
As investigações apontam que a organização criminosa roubou 192 celulares, gerando um prejuízo de R$ 700 a R$ 800 mil para as vítimas.
Na casa de um dos assaltantes, no bairro Nova Carapina, na Serra, os policiais encontraram as roupas usadas nos assaltos, computadores, telefones, duas armas de fogo, além de dinheiro e 1,5 quilo de maconha. Sendo que dois veículos foram apreendidos. Além das duas lojas que foram roubadas na Grande Vitória, três estabelecimentos localizados nos municípios de Fundão, Ibiraçu e Domingo Martins tiveram 155 aparelhos celulares subtraídos em julho.
De acordo com o titular da DP de João Neiva, que também é responsável pelas DPs de Fundão e Ibiraçu, o delegado Leandro Sperandio, conta que a quadrilha tem históricos de roubos a agências dos Correios e a uma empresa vende produtos pela internet. "Com a saída da cadeia eles migraram para roubo a lojas de telefone e celular. O primeiro assalto foi no dia 5 de julho, em Fundão e da loja foram roubados 65 aparelhos de telefone celular", contou.
Ainda segundo o delegado, a partir do crime ocorrido em Fundão, as investigações tiveram início e foi identificado o modo de ação dos criminosos. “Eles entram na loja, em cinco pessoas. Um fica do lado de fora dando cobertura com o veículo pronto para fuga, o segundo fica vigiando a movimentação da polícia, e os outros três entram na loja fazem os funcionários de refém, levando eles até um cômodo no interior da loja e subtraindo os aparelhos expostos à venda e o dinheiro do caixa", explicou o delegado.
Após o assalto em Fundão, os criminosos roubaram no dia 15 de julho, 41 celulares em uma loja em Ibiraçu. E o terceiro roubo foi a um estabelecimento em Domingos Martins, registrado no dia 23, quando foram subtraídos 49 celulares. Dos cincos suspeitos, quatro já se encontram presos. O quinto integrante conseguiu fugir e se juntou a outros criminosos para realizar mais assaltos.
O titular da DRCCP, delegado Gabriel Monteiro, alerta para as pessoas que adquirem produtos de maneira duvidosa. “Para quem insiste em comprar esse tipo de mercadoria, sem nota fiscal, a Polícia Civil vai monitorar e prender quem estiver comprando esses aparelhos e quem estiver vendendo também. A pena pode chegar até oito anos de prisão”, alertou o delegado.
Os três homens detidos na operação foram autuados pelo crime de receptação e serão encaminhados para a unidade prisional. As investigações continuam para localizar e prender outros integrantes da organização criminosa.
Texto: Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)
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