A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Ecoporanga, em conjunto com a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), deflagrou, na tarde da última sexta-feira (05), a Operação "ad proditionem", para dar cumprimento a mandados de busca e apreensão e mandados de prisão contra uma mulher e seus dois filhos, suspeitos de envolvimento em diversos crimes no município. Dois dos mandados estavam relacionados ao homicídio ocorrido na quinta-feira (04), que resultou na morte de Atarteliano Soares Ferreira, de 37 anos, em Córrego Paraíso, zona rural de Ecoporanga.
Durante a operação, as equipes policiais cercaram várias residências em uma rua do bairro Vila Nova, em Ecoporanga, todas pertencentes à mulher. Em uma das casas, os policiais encontraram um dos filhos, de 22 anos, em posse de uma garrucha calibre 38. A mãe, de 40 anos, também foi encontrada em outra casa e teve o mandado de prisão cumprido contra ela.
Em continuidade à operação, outros imóveis de propriedade da suspeita foram averiguados e, em frente a um deles, as equipes observaram várias embalagens frequentemente utilizadas para o embalo de drogas espalhadas pelo chão. No interior da residência, os policiais encontraram 96 pedras de crack prontas para o comércio, 63 pedras da mesma droga pesando 940 gramas, três balanças de precisão, oito caixas de lâminas de barbear, cinco pacotes de 100 unidades cada de sacolés, 160 munições de calibre 38, 50 munições de calibre .40, 12 cápsulas de calibre 38 deflagradas. Também foi encontrado um sistema de monitoramento por câmera instalado em um dos cômodos da residência, utilizado para vigiar o armazenamento das drogas e armas.
Ao final da operação, os policiais receberam informações de que o outro filho da suspeita, de 31 anos, estaria escondido em uma residência no final da rua. Ele foi localizado e preso conforme o mandado em desfavor dele.
Os suspeitos foram encaminhados ao Hospital Fumatre para avaliação médica e, em seguida, conduzidos à 14ª Delegacia Regional de Barra de São Francisco, para onde foi levado todo o material apreendido.
Sobre o homicídio
A Polícia Militar foi acionada na tarde da quinta-feira (04) para verificar a informação de que um homem de 37 anos havia sido alvejado por disparos de arma de fogo enquanto conduzia uma motocicleta em Córrego Paraíso, zona rural de Ecoporanga. Os suspeitos foram descritos como estando em outra moto, que também se acidentou no momento do crime. A vítima foi declarada morta pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a perícia foi realizada no local.
Na ocasião, populares passaram para os militares as características dos suspeitos e as buscas foram realizadas na cidade pelas equipes da Força Tática. Durante as diligências, os militares foram informados de que um dos indivíduos estaria na casa da mãe, no bairro Vila Nova. Ao ser indagada sobre o paradeiro dos filhos, a mulher informou não saber, mas as equipes viram quando um suspeito se escondeu debaixo de uma coberta em um quarto. O homem, de 22 anos, foi revistado, mas nada de ilícito foi encontrado.
O indivíduo apresentava escoriações, que o mesmo informou serem provenientes de uma queda de moto. De acordo com as informações coletadas, a vítima do homicídio era padrasto do suspeito e ex-marido da mãe dele. Na época do fato, o suspeito chegou a ser conduzido para a delegacia, onde foi ouvido e liberado, já que a autoridade policial não identificou elementos suficientes para realizar a prisão em flagrante naquele momento.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a Delegacia de Polícia de Ecoporanga instaurou um Inquérito Policial e, após diligências e oitivas, representou pela prisão dos investigados. Após parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPES), o Poder Judiciário decretou a prisão dos autores, que foi cumprida na tarde da última sexta-feira (05).
O titular da Delegacia de Polícia de Ecoporanga, delegado José Marcos, informou que às investigações feitas pela Polícia Civil em relação à família, revelaram o temor que essa família causa à cidade e o crime de tortura cometido.
“Tratam-se de pessoas que se dedicam reiteradamente à atividade criminosa. O homicídio de Atarteliano, praticado pelo suspeito de 22 anos e o suspeito de 31 anos, ambos filhos da mulher de 40 anos, teria sido realizado para queima de arquivo’, disse o delegado José Marcos.
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