A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), prendeu em flagrante dois homens, de 44 e 45 anos, e uma mulher, de 42 anos, pelos crimes de tentativa de estelionato e organização criminosa. O grupo, oriundo do Estado do Rio de Janeiro, foi detido no bairro da Penha, em Vitória, no momento em que praticava o crime conhecido como “golpe da cesta básica”.
Nessa modalidade de fraude, os criminosos se passam por representantes de uma Organização Não Governamental (ONG) ou servidores públicos, alegando que a vítima foi contemplada com uma cesta básica mensal. Para receber o benefício, porém, exigem um cadastro.
Os detalhes do caso foram repassados em coletiva de imprensa nessa quinta-feira (21), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
Segundo a investigação, o grupo tirava fotos do rosto da vítima junto ao documento de identidade, simulando um reconhecimento facial. Com esses dados, abriam contas bancárias em nome das vítimas e contratavam empréstimos em bancos digitais.
O titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), delegado Fabiano Alves, explicou a dinâmica do golpe. “Os criminosos ligavam para as vítimas informando que elas tinham direito a uma cesta básica, vale gás ou até medicamentos de uso contínuo, e diziam que compareceriam à residência para realizar o cadastro. Durante a abordagem, recolhiam dados pessoais e, para reforçar a farsa, chegavam a entregar de fato uma cesta básica ou quantias em dinheiro”, narrou o delegado.
Todas as vítimas identificadas até o momento são pessoas idosas ou de baixa renda. O esquema utilizava os benefícios do INSS dessas pessoas para contrair empréstimos em seus nomes.
O delegado também detalhou como os criminosos foram presos. “Durante o monitoramento, os policiais confirmaram que o grupo estava atuando no Espírito Santo. Eles foram flagrados em ação no bairro da Penha, em Vitória, aplicando o golpe em duas senhoras. Quando chegamos à casa da vítima e efetuamos a prisão, os criminosos estavam sendo recebidos com um café da manhã preparado por elas, que acreditavam ter sido beneficiadas”, relatou o delegado.
Os três presos seriam apenas os executores do golpe. As investigações agora buscam identificar os responsáveis por coordenar o esquema e repassar os dados das vítimas.
O delegado Fabiano Alves reforçou o alerta à população. “Não fornecer dados pessoais a desconhecidos diante da oferta de benefícios não solicitados. Casos suspeitos devem ser imediatamente registrados na Polícia Civil para apuração”, disse o delegado.
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