A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), com apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP), prendeu um homem de 26 anos investigado por cometer diversos crimes de estelionato, com destaque para os chamados “estelionato sentimental” ou “estelionato do amor”. A prisão ocorreu no dia 23 de julho, em São Paulo, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Serra.
Os detalhes da operação foram divulgados em coletiva de imprensa, realizada na tarde da última quarta-feira (30), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), delegado Fabiano Alves, as investigações começaram em abril deste ano, após duas mulheres procurarem a unidade relatando que foram vítimas de golpes aplicados por um homem com quem mantiveram relacionamentos afetivos.
Uma das vítimas contou que se relacionou com o investigado por dois anos e meio. Durante esse período, ele se apropriou da empresa dela, chegando a vender dois imóveis de sua propriedade e ficar com todo o valor. Além disso, utilizou a estrutura da empresa da vítima para aplicar novos golpes. Já a segunda vítima informou ter se envolvido com o investigado por cerca de sete meses. Nesse período, ele conseguiu financiar três veículos em nome dela e chegou a vender um carro que pertencia à vítima.
“O investigado utilizava da confiança estabelecida com as vítimas para obter vantagens patrimoniais. Em um dos casos, chegou até mesmo a aplicar um golpe em um conhecido, alugou um carro em uma locadora e o vendeu para esse amigo como se fosse de sua propriedade”, explicou o delegado Fabiano Alves.
As investigações indicam que o suspeito fez um número considerado de vítimas no Espírito Santo, sempre seguindo o mesmo padrão de atuação. Após iniciar um relacionamento amoroso ou de amizade, ele conquistava a confiança das pessoas e passava a se apropriar de bens, realizar vendas fraudulentas ou contrair financiamentos em nome das vítimas. O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 5,7 milhões.
Diante da gravidade e da extensão dos crimes, a Defa representou pela prisão preventiva do suspeito. No entanto, quando os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia, ele já havia fugido do Espírito Santo em direção ao estado de São Paulo. Após diligências e levantamentos de informações, os investigadores da Defa conseguiram localizar o paradeiro do investigado e repassaram os dados à Polícia Civil de São Paulo (PCSP), que realizou a prisão.
No momento da abordagem, os policiais de São Paulo encontraram com o suspeito mais de R$ 1 milhão em cheques de terceiros, além de documentos pertencentes a uma das vítimas.
Segundo o delegado, até o momento, cinco vítimas já foram formalmente identificadas, mas as investigações continuam. "Ainda há outros procedimentos em andamento para identificar se há mais pessoas envolvidas, rastrear o destino dos valores obtidos ilicitamente e localizar bens que possam ter sido adquiridos com o dinheiro. Até agora, dois inquéritos foram concluídos e outros três seguem em andamento", informou o delegado.
O delegado ressaltou a importância de cautela ao iniciar qualquer tipo de relacionamento, principalmente quando surgem pedidos de favores econômicos logo no início. Segundo ele, esse tipo de atitude pode ser um sinal de alerta.
“O ideal é estar atento a esses comportamentos e buscar informações sobre a pessoa com quem se está se relacionando, inclusive com amigos e familiares. Muitas vezes, quem está de fora consegue perceber sinais de manipulação ou interesses suspeitos com mais clareza”, destacou o delegado.
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