Governo do Estado do Espírito Santo
02/09/2022 17h10 - Atualizado em 19/12/2022 13h16

Polícia Civil desarticula organização criminosa especializada em cometer furtos dentro de empresa multinacional de Vitória

O Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) efetuou a prisão de cinco suspeitos, acusados de integrarem uma organização criminosa especializada em cometer delitos nas dependências de uma mineradora multinacional brasileira, localizada no bairro Jardim Camburi, em Vitória. Os indivíduos agiam há anos e os prejuízos da empresa ultrapassam a marca de R$ 75 milhões.

As primeiras prisões foram realizadas por equipes do Deic, durante a primeira fase da operação, que ocorreu no início do mês de setembro. Na ocasião, três indivíduos, de 58, 36 e 34 anos, funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviços para a multinacional, foram presos. Alguns deles ocupavam cargos de gerência, o que facilitava a entrada de suspeitos nas dependências da mineradora.

Na segunda fase da operação, o principal autor dos furtos, de 30 anos, foi preso. Ele foi pego em flagrante com mais outros três indivíduos e efetuou disparos contra os policiais. Apesar da resistência, ele foi capturado e detido pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), enquanto os indivíduos que estavam com ele se encontram foragidos. O indivíduo já responde a seis processos criminais e, dentro do carro dele, foi encontrado um carregador de pistola 09mm. O suspeito vai responderá pelos crimes de tentativa de homicídio, tentativa de furto e organização criminosa.

Já na terceira fase, um dos receptadores do material roubado foi preso. Ele era dono de um ferro velho e trabalhava com os suspeitos, que já tinham até um galpão para o armazenamento do que era furtado. Durante a operação, foram apreendidos dois carros de luxo e R$ 10,350,00 reais em espécie. Grande parte dos objetos furtados, avaliados em mais de R$ 500 mil, também foi recuperado pelas equipes da Polícia Civil.

O chefe da Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), delegado Gabriel Monteiro, informou que os crimes eram bem arquitetados. “Nossas investigações duraram seis meses e, nesse período, percebemos que toda a estrutura era bem organizada. Os gerentes repassavam as informações sobre os horários de menor vigilância, os executores tinham acesso a roupas e outros aparatos para cometer os crimes e, após os furtos, seguiram para um terreno onde o material era armazenado. O destino final dos materiais furtados era um ferro velho”, informou o delegado.

Todos os detidos já se encontram no sistema prisional e permanecerão à disposição da Justiça.

Texto: Rachel Nunes, estagiária da Assessoria de Comunicação SESP

 

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