Governo do Estado do Espírito Santo
17/04/2020 16h28 - Atualizado em 04/01/2021 18h41

Polícia Civil prende suspeito de aplicar golpes envolvendo supostas ações judiciais bilionárias

A equipe de policiais civis da Delegacia Especializada em Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa) prendeu, em flagrante, nessa terça-feira (14), um homem de 42 anos suspeito de aplicar golpes envolvendo supostas ações judiciais bilionárias. A prisão foi efetuada em Jacaraipe, na Serra. Somente nas três últimas semanas, o suspeito fez, pelo menos, 500 vítimas no município.

A chefe da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), delegada Rhaiana Bremenkamp, contou que os policiais chegaram até o homem, após a delegacia receber uma denúncia anônima que informava que ele estava se passando por advogado, reunindo centenas de pessoas e iludindo-as usando documentação falsa.

“Ele é de Minas Gerais e veio para o Estado só para aplicar o golpe. No momento da prisão, estava reunido na rua com umas 150 pessoas, em frente ao hotel, pois o estabelecimento proibiu a aglomeração de pessoas em razão da pandemia”, explicou.

O titular do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado João Francisco, destacou que a Polícia Civil intensificou suas ações e operações no sentido de coibir essas fraudes que estão acontecendo, especialmente, nesse momento de pandemia.

“É importante ressaltar pra população que quando se depararem com uma proposta muito vantajosa que procurem informações sobre o que está sendo apresentado para que não se torne mais uma vítima desse tipo de golpe”, enfatizou.

Após ser ouvido, o detido foi transferido para o Centro de Triagem de Viana (CTV).

O Golpe

Segundo as investigações, o suspeito falsificava o andamento processual de processos trabalhistas já extintos, movidos por ex-funcionários de grandes empresas. Em uma das ações o valor era de R$ 40 trilhões.

“As ações de ex-funcionários realmente existiam, porém elas já estavam extintas. Ele conseguia a cópia delas, e, a partir daí, falsificava o andamento do processo e dizia que os funcionários ainda teriam direito de entrar na Justiça solicitando os valores que variavam de R$ 50 mil a 300 mil. Para isso, era necessário que a vítima efetuasse o pagamento de uma taxa que variava entre R$ 100 até R$ 500 ”, explicou a responsável pela Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), delegada Rhaiana Bremenkamp.

Durante as investigações, os policiais descobriram que, para algumas vítimas, ele dizia que era despachante e que estaria representando uma advogada aqui no Estado. “Nós entramos em contato com a advogada e ela negou essa informação. Localizamos a documentação de que essa fraude acontecia desde julho do ano passado”, informou a delegada.

Além disso, os policiais localizaram o boletim de ocorrência registrado por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em setembro do ano passado, dizendo que o suspeito estaria se passava por advogado para cometer as fraudes.

 

Texto: Fernanda Pontes

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