A equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória concluiu, nesta quarta-feira (12), o Inquérito Policial que investigava a morte de um menino de 8 anos, no Morro do Romão, em Vitória. As investigações apontaram que, no dia 02 de abril deste ano, o menino foi espancado até a morte e o principal suspeito do crime é o padrasto que, até este momento, não foi localizado.
No dia do crime, a mãe havia levado o filho mais novo, de 05 anos, ao hospital e deixou a criança de 8 anos em casa com o padrasto. Ao retornar para casa e questionar sobre seu filho mais velho, o suspeito disse que a criança estava no quarto dormindo e, quando ela chegou lá, encontrou o filho desacordado.
Segundo o relato da equipe médica, a criança tinha sinais de parada cardiorrespiratória e diversos hematomas pelo corpo. O menino passou por procedimentos de reanimação, mas não suportou os ferimentos e foi a óbito.
“O laudo cadavérico da criança apontou como causa da morte politraumatismo por ação contundente. Após diligências e oitivas realizadas durante as investigações, não ficou comprovado conduta omissiva por parte da genitora da criança. Também não houve comprovação de que o suspeito tenha concretizado outras agressões às crianças. Há relatos de que ele já havia tentado agredir, mas a mãe não permitia”, disse a delegada Larissa Lacerda, adjunta da DHPP de Vitória e responsável pelas investigações.
Na época dos fatos, informações de populares chegaram a dar conta de que o padrasto do menino teria sido morto por traficantes, mas, segundo a delegada, não houve qualquer materialidade que comprovasse essa hipótese.
“Relatamos o inquérito policial indiciando o padrasto da vítima por homicídio duplamente qualificado e representamos pela prisão preventiva dele. Em que pese haver notícias de que ele foi morto por traficantes locais, não há qualquer materialidade que comprove tal fato, razão pela qual o consideramos, até que se prove o contrário, foragido”, contou a delegada.
O inquérito policial foi relatado e encaminhado ao Ministério Público (MPES), para apreciação e oferecimento de denúncia em desfavor do suspeito de 23 anos, pelo crime de homicídio qualificado com emprego de tortura e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Em observância à Lei Federal nº 13.869, de 5 de setembro de 2019, também conhecida como Lei de abuso de autoridade, os autores só têm a identidade divulgada após o Ministério Público oferecer a denúncia.
Texto: Olga Samara
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