Governo do Estado do Espírito Santo
28/02/2019 13h46 - Atualizado em 28/02/2019 19h09

Policiais civis participam de capacitação sobre investigações em meios cibernéticos

A Polícia Civil promoveu, ao longo do mês de fevereiro, cursos e palestras sobre métodos de investigação em meios cibernéticos e aparelhos eletrônicos. A mais recente delas foi a “Capacitação Sobre Técnicas de Investigação Usadas Por Meio de Interceptação Telefônica e Telemática”, coordenada pela Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (Div-Deam).

A capacitação aconteceu nos últimos dias 18 e 19, no auditório da Chefatura da Polícia Civil, em Vitória. O evento teve a participação de 51 policiais, entre delegadas, investigadoras e agentes de todas as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) do Estado.

O curso foi ministrado pelos instrutores Hércules Aranda, Wemerson Carvalho e Augusto de Carvalho. Além deles, o evento também contou com a participação em sua abertura do delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Heli Schimittel; da chefe da Div-Deam, delegada Cláudia Dematté; e do chefe da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (Siae), delegado João Calmon.

Segundo a chefe da Div-Deam, delegada Cláudia Dematté, a capacitação foi motivada pelo aumento do número de mulheres vítimas de crimes cibernéticos. “É notório o crescimento dessas ocorrências no Brasil e no mundo. Elas vão desde o registro não autorizado de conteúdo íntimo e sexual, até a exposição da intimidade do outro em redes sociais. Novamente, são as mulheres as principais vítimas desses crimes. Daí a necessidade de capacitação contínua dos policiais, que desta forma poderão combater tais crimes com maior veemência”, afirmou Dematté.

O curso, que teve carga horária de 16 horas, foi dividido em dois módulos. O primeiro deles foi ministrado pelo investigador Wemerson Carvalho, do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc). “Durante a manhã do dia 18, ele instruiu os policiais sobre as técnicas para a realização de interceptação telefônica e como realizar a localização telefônica”, explicou a chefe da Div-Deam.

De acordo com Dematté, o segundo módulo ocorreu no período da tarde e foi realizado pelo investigador Hércules Aranda, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). “Ele transmitiu seus conhecimentos sobre como realizar interceptação telemática, que leva em consideração, principalmente, redes sociais, e-mails e outros. Esse módulo ocorreu durante toda a tarde e serviu para concluir as atividades do primeiro dia de curso”, acrescentou.

A delegada também informou que o segundo dia de capacitação teve início com o perito Augusto de Carvalho, da Perícia de Eletrônicos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC). “Durante a manhã, o perito conseguiu tirar uma série de dúvidas dos policiais sobre o trabalho da perícia. Além disso, ele explicou como encaminhar aparelhos eletrônicos ao setor e que tipo de solicitações devem ser encaminhadas, por exemplo”, detalhou.

Dematté também contou que a última parte do curso foi destinada a atividades práticas de cunho pedagógico. “Depois de quase dois dias ouvindo sobre uma série de técnicas de investigação, foi a vez dos nossos policiais demonstrarem tudo que aprenderam. Eles receberam alguns casos e puderam usar seus conhecimentos de forma semelhante a que usarão no cotidiano”, explicou a delegada.

Outras capacitações

Ainda no mês de fevereiro, 30 policiais civis das Delegacias Regionais de Barra de São Francisco, Colatina e Nova Venécia também participaram de um treinamento sobre técnicas de investigação em meios cibernéticos. O evento ocorreu no Centro do município e foi organizado pela Superintendência de Polícia Regional Noroeste (SPRNO) e pela Superintendência de Polícia Especializada (SPE), com apoio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).

De acordo com o superintendente da SPRNO, delegado Landulpho Lintz, o evento durou cerca de quatro horas e meia e também foi ministrado pelo investigador Hércules Aranda, da DRCC. “Ele explicou toda a dinâmica sobre investigação envolvendo redes sociais e celulares. Foi uma tarde muito proveitosa e com técnicas bastante inovadoras dentro da área policial de investigação. O treinamento foi de extrema importância para capacitação dos nossos policiais”, afirmou Lintz.

O superintendente também contou que a ideia para o treinamento surgiu a partir de uma conversa com a responsável pela SPE, delegada Denise Carvalho. “Nós discutíamos sobre o aumento na demanda de crimes cibernéticos e tivemos essa ideia. Ela entrou em contato com o titular da DRCC, delegado Brenno Andrade, que nos disponibilizou a vinda do Hércules até o interior”, explicou.

Lintz também destacou que a grande procura pelo curso foi um dos motivos para que a capacitação fosse aplicada em Colatina. “Quando o delegado Brenno soube que teríamos pelo menos 30 policiais interessados no curso, ele achou melhor que o treinamento ocorresse em Colatina, em vez de Vitória. Essa integração interna da Polícia Civil foi muito importante, porque permitiu que um número considerável de policiais participasse no evento, visto que muitos não poderiam se deslocar até à Capital”, acrescentou Lintz.


Exames periciais em crimes sexuais

Em setembro do ano passado, a equipe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (Div-Deam) também organizou uma roda de debate com intuito de discutir e atualizar sobre os exames periciais que contribuem para resolução de crimes sexuais.

Na ocasião, as peritas oficiais criminais, Carolina Mayumi Vieira, do Laboratório do DNA Forense, e Daniela Mendes Louzada de Paula, do Laboratório de Toxicologia Forense palestraram para 19 delegadas das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) de todo Estado.

De acordo com a chefe da Div-Deam, delegada Cláudia Dematté, a capacitação teve o objetivo de aproximar as delegadas da Divisão do serviço de perícia para aprimorar os resultados das investigações e apresentar novas possibilidades de exames que podem ser realizados.

“Nossos peritos são referência nacional e estão em constante capacitação. Por isso, devemos utilizar deste conhecimento e experiência que nós temos a disposição. Precisamos sempre nos atualizar para melhorar ainda mais nossas investigações e dar uma resposta cada vez mais eficaz para a sociedade capixaba”, destacou.

 

Texto: Fernanda Pontes

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