A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) cumpriu nessa quarta-feira (24), o mandado de prisão preventiva de V.G.F., de 41 anos, suspeito de assassinar sua companheira, Edna Silva da Conceição, de 34 anos, em abril. A prisão foi realizada no antigo local de trabalho do suspeito, no bairro Praia do Canto, em Vitória.
“Assim que cometeu o feminicídio, o suspeito fugiu para casa de parentes no Estado de Minas Gerais. Nesta semana, nosso serviço de inteligência descobriu que ele retornaria para o Espírito Santo para receber uma quantia em dinheiro em seu antigo emprego. Diante disso, nós fomos até o local e efetuamos a prisão dele, quando ele ainda estava no estacionamento”, informou a titular da DHPM, delegada Raffaella Almeida.
V.G.F. foi conduzido até a DHPM e, durante o seu depoimento, ele confessou o feminicídio. “Ele disse que cometeu o crime, pois ele teria sido traído pela vítima. E como na maioria dos depoimentos desses casos, o suspeito coloca a culpa na vítima e assim ele também fez. Ele disse que no dia do crime, a Edna teria tentado agredi-lo e que, para se defender, ele deu uma facada nela e, em seguida, a atingiu a cabeça dela com sete golpes de cavadeira. Ele planejou todo o crime”, disse a delegada.
De acordo com a responsável pelo caso, V.G.F. já possuía passagens por violência doméstica. “A ex-companheira dele possuía uma medida protetiva contra ele, pois ele há tinha a agredido e as filhas dela também”, revelou.
O detido foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV).
O crime
Edna Silva da Conceição, de 34 anos, foi assassinada no dia 16 de abril deste ano, dentro de casa no bairro Novo Horizonte, na Serra. A vítima e o suspeito estavam junto há seis meses e moravam com o filho da vítima, na mesma casa onde o crime teria ocorrido.
“O suspeito agrediu a vítima e dormiu no quarto com ela. Pela manhã, ele trancou a porta do quarto e, alegando que havia perdido as chaves de casa, pediu que o enteado emprestasse as dele. Em seguida, ele foi até o local de trabalho da companheira, contou que ela teria sido morta pelo ex-marido dela e que ele estava ali para pegar os pertences dela para ir até o Departamento Médico Legal e liberar o corpo da companheira. Diante disso, o gerente do local se ofereceu para levar o suspeito, e assim que ele saiu do Departamento, o chefe da Edna recebeu uma ligação dos colegas de trabalho informando que o filho da vítima-que trabalhava no mesmo local da mãe, teria chegado ao trabalho. Depois disso, o gerente ligou para o rapaz e perguntou pela mãe dele, mas ele disse que a mãe havia saído cedo para o trabalho. Diante disso, os dois decidiram ir até a residência de Edna e, após arrombarem a porta, encontraram o corpo da vítima”, narrou a titular da DHPM, delegada Raffaella Almeida.
Durante a oitiva do filho, a delegada contou que o rapaz passou a noite em casa. “Ele disse que, no dia do crime, quando chegou em casa não percebeu se a mãe já estava morta, pois a porta do quarto onde a mãe e o padrasto dormiam estava fechada”, afirmou.
Texto: Fernanda Pontes
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