Na manhã da dessa terça-feira (03), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), em ação conjunta com o Departamento de Engenharia Forense do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) e com técnicos da EDP, concessionária de energia do Estado, flagrou o furto de energia elétrica em um hortifrúti localizado no bairro Jardim Limoeiro, na Serra.

Durante os trabalhos técnicos, o perito criminal da Seção de Engenharia Forense constatou que o local estava sendo alimentado por ligação direta trifásica na rede da EDP, sem passagem pelo medidor responsável pelo registro de consumo e faturamento. No momento da vistoria, havia fluxo de corrente ativo na ligação clandestina, o que indicava utilização indevida de energia elétrica para abastecimento de todo o estabelecimento. A perícia foi acompanhada por um dos sócios administradores da empresa, de 68 anos.

De acordo com a equipe técnica da EDP, o medidor oficial da instalação, responsável pela medição do consumo da unidade, deixou de comunicar registros via telemedição no último dia 23. Ainda segundo a distribuidora, até 05 de novembro, o equipamento estava instalado e funcionando, conforme última leitura registrada por fotografia. Já no dia 27, uma equipe encontrou o padrão sem medição, com sinais de queima na parede e na tampa da caixa, além da ligação direta, sugerindo possível intercorrência anterior.

Os técnicos também apontaram inconsistências no histórico de consumo da unidade, que apresentou queda acentuada a partir de junho de 2024, sem retorno ao padrão habitual. Não há, ainda, qualquer solicitação de religação registrada para o local.

Durante o procedimento, o responsável presente informou que a caixa de medição teria sido alvo de incêndio criminoso em duas ocasiões, nos dias 23 e 30 de novembro.

A ligação irregular foi desfeita pela EDP, deixando o local com ligação provisória regular para que o padrão de energia fosse reformado. A concessionária lavrou o Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) descrevendo todas as irregularidades encontradas.

O sócio proprietário foi conduzido até a sede do Deic, para adoção de medidas cabíveis. Um inquérito policial será instaurado para apurar o crime de furto de energia elétrica e demais circunstâncias relacionadas ao caso.

A PCES solicitou à EDP a planilha com o montante do prejuízo causado, que servirá de base para a responsabilização penal a ser proposta pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

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