A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio da 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim e do Exército Brasileiro, realizou, no dia 18 de dezembro de 2024, uma operação que resultou na prisão em flagrante de um homem de 39 anos, suspeito de comercializar armas de fogo de maneira ilegal. Durante a ação, no bairro Village da Luz, foram apreendidas 48 armas. O suspeito foi autuado por uso de documentos falsos, comércio ilegal de armas e associação para o tráfico.
Os detalhes do caso foram apresentados em coletiva de imprensa realizada na manhã do dia 27, na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória. As investigações apontaram que o suspeito utilizava autorizações falsas, supostamente emitidas pelo Exército Brasileiro, para justificar a comercialização das armas. Além disso, ele oferecia um ciclo completo de habilitação como colecionador, atirador esportivo ou caçador, utilizando documentos falsificados para atender clientes, incluindo pessoas com antecedentes criminais.
O delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), explicou a dinâmica dos crimes. “As denúncias indicavam que ele oferecia um documento inexistente, supostamente emitido pelo Exército, chamado de ‘Corte Nacional de Armas de Fogo’. Esse documento não tem qualquer respaldo legal”, destacou.
Segundo o delegado, o empresário intermediava a falsificação de documentos para clientes, alegando que eram autorizações válidas para aquisição e porte de armas. O esquema envolvia desde a obtenção de laudos psicológicos e treinamentos necessários até a emissão de documentos falsos para justificar a saída das armas do estoque. “Ele prometia um ciclo completo: habilitar os interessados como colecionadores, caçadores e atiradores esportivos, além de vender e manter as armas. Entretanto, as autorizações que ele apresentava eram todas falsas”, completou.
A investigação também apontou que muitos dos compradores eram de outros estados e, em alguns casos, tinham antecedentes criminais. “Ele sabia que algumas dessas pessoas não tinham condições legais de adquirir armas e, ainda assim, facilitava a compra com a utilização de documentos falsos”, afirmou o delegado.
Além das acusações relacionadas à comercialização ilegal de armas, foi constatado que o suspeito se apresentava como oficial do Exército em algumas situações. Em uma abordagem, ele apresentou um documento falsificado para tentar comprovar sua ligação com a instituição militar. “Esse tipo de conduta evidencia o nível de sofisticação do esquema e a tentativa de ludibriar tanto as autoridades quanto os clientes”, pontuou Guilherme Eugênio.
Por determinação judicial, foi realizada a quebra do sigilo bancário do suspeito, com o objetivo de identificar a origem e o destino dos recursos obtidos com as atividades ilícitas. A investigação segue em andamento.
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