A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), concluiu a investigação da Operação Octopus, que resultou em 29 denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). A operação também contou com o suporte da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES).
Deflagrada no dia 9 de setembro deste ano, a ação teve como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra investigados nos bairros da Penha, Bonfim, Consolação e São Benedito, em Vitória. Outras informações foram apresentadas durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (26), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
Segundo o delegado do Ciat e responsável pela operação, Leonardo Vanaz, a investigação teve início em 2023, quando aparelhos eletrônicos, celulares, rádios comunicadores utilizados pelo tráfico e dinheiro em espécie foram apreendidos. A análise desse material permitiu avançar nas diligências e concluir o inquérito.
Como resultado, o Ministério Público ofereceu denúncia contra 29 indivíduos por organização criminosa. Destes, 11 tiveram prisão preventiva decretada, nove já estão presos e dois seguem foragidos.
De acordo com o delegado, alguns investigados atuavam como gerentes na estrutura da facção, cuidando da logística, abastecimento de pontos de venda de drogas e organização de plantões. Esses indivíduos tinham acesso tanto ao material entorpecente quanto ao dinheiro movimentado. Outros suspeitos desempenhavam a função de contenção, como braços armados da organização, preparados para confrontos com a polícia ou com grupos rivais.
“Foi uma operação importante, com resultado satisfatório. Ações como essa reduzem o campo de atuação das facções, evitam o surgimento de novas lideranças e reforçam a segurança da população, já que esses indivíduos praticam ataques que acabam vitimando inocentes”, destacou o delegado Leonardo Vanaz.
Durante a operação, oito suspeitos foram presos no bairro da Penha, além de um homem detido em Minas Gerais.
O delegado do Ciat, Guilherme Eugênio Rodrigues, ressaltou que as ações de inteligência são essenciais para impedir que organizações criminosas de outros estados tentem estabelecer domínio territorial no Espírito Santo. “O trabalho do Ciat demonstra que todas as ações criminosas são investigadas. Essa atuação é crucial para evitar que sofrêssemos o que o Rio de Janeiro enfrenta hoje”, afirmou.
Ao longo da investigação, foram identificadas lideranças do tráfico ligadas ao Primeiro Comando de Vitória (PCV). O líder da facção, um homem de 27 anos, foi preso em 2024. Ele era considerado sucessor de outro integrante, de 33 anos, morto em confronto com a polícia em 2023.
O líder tinha como braço direito um homem de 30 anos, responsável por repassar ordens aos demais membros. Outro gerente, também de 30 anos, comandava um ponto de tráfico na Praia do Canto e tinha diversos antecedentes pelo mesmo crime. A esposa dele, de 29 anos, auxiliava nas atividades do grupo.
Um homem de 28 anos atuava como braço armado da organização e já tinha histórico de confrontos com a polícia. Outro suspeito de 27 anos, também atuava no tráfico sob sua liderança. Em outubro, a polícia prendeu outro homem de 27 anos que estava foragido após um roubo de motocicleta.
Dois indivíduos foragidos já estão sendo procurados pela polícia.
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