A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), prendeu dois homens, de 26 e de 70 anos, pai e filho, em um condomínio de luxo na Grande Vitória, no último dia 16 de maio por vender lotes que não pertencem a eles, por meio de documentos falsos.
Esta foi a primeira fase da Operação Callidus, que investiga suposto esquema de vendas de terrenos de forma fraudulenta, na Grande Vitória. Foram cumpridos ainda quatro mandados de busca e apreensão.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, conta que a ação tem como objetivo investigar e coibir a venda fraudulenta de terrenos na Grande Vitória. Em alguns casos, eles se valiam de procurações em que o outorgante já havia falecido antes mesmo da constituição do documento.
As investigações apontam que os suspeitos contratavam capangas para expulsar moradores dos loteamentos, usando de grave ameaça, violência física e armas. Algumas vítimas relataram que um dos investigados chegou a fazer uso de um trator para derrubar as casas dos verdadeiros proprietários.
O titular da Deccor, delegado Douglas Vieira, conta que nas apurações foram descobertas que em torno de 2013 e 2014, os dois homens se intitulam donos de um terreno em Vitória, sendo que o local já tinha donos e moradores. “Os moradores dos locais relatam que os criminosos ameaçavam afirmando que ou saíam das casas ou seriam queimados junto com suas residências”, disse.
Um dos moradores ameaçados foi uma mulher, que estava grávida na época, e relata abusos e agressões, tendo que sair de sua residência, deixando o lugar com os criminosos. Há ainda outros relatos de que eles pediam dinheiro para moradores, sendo que caso os suspeitos não fossem pagos, os moradores seriam tirados à força. A investigação consta que eles roubavam alguns loteamentos e colocavam a placa da empresa se dizendo assim donos dos lotes.
As apurações do crime começaram quando Boletins de Ocorrência (BO´s) com nomes dos acusados foram registrados, a vítima grávida que relatou as ações dos criminosos, foi até a defensoria pública contar sobre os fatos. Os suspeitos negam todos os fatos e dizem estarem sendo perseguidos. O titular da Deccor explica que os crimes e as ameaças eram feitos contra pessoas humildes sem muitos entendimentos dos seus direitos. O delegado disse ainda que os homens reativaram uma imobiliária, com base em assinaturas falsas.
O homem de 26 anos foi autuado por três crimes de extorsão e o pai dele de 70 anos, por um crime de extorsão. Há ainda suspeita da participação de funcionários públicos nessas práticas criminosas.
Douglas Vieira pede à sociedade que denuncie mais crimes como esse e, que caso suspeite de indivíduos atuando dessa forma entre em contato com a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). “O 181, é um instrumento muito importante e o sigilo é garantido”, garantiu.
Operação Callidus: O nome da operação faz referência a palavra esperto em latim, que é a sensação que os estelionatários tem ao cometer o crime.
Texto: Marcus Vinícius Gonçalves, Estagiário - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).
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