A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia de Marilândia, concluiu, nessa quinta-feira (06), as investigações da morte da jovem Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, que ocorreu em abril. O inquérito foi encaminhado ao Judiciário com os indiciamentos dos suspeitos detidos durante a investigação, e a causa da morte e a motivação do crime foram inconclusivas.
Segundo as investigações, Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, desapareceu no dia 09 de abril, depois de informar à família que passaria a noite na casa de uma amiga. Desde então, não foi mais vista. Um suspeito de cometer o homicídio, de 35 anos, foi detido na noite do dia 11 de abril, em um hotel localizado no Centro da cidade de Ecoporanga. O corpo da vítima foi encontrado pela Polícia Civil no dia 12 de abril, em uma área de mata de difícil acesso próximo à localidade de Taquara, na zona rural de Marilândia. No dia 15 de abril, a equipe da Delegacia de Polícia (DP) de Marilândia deteve o amigo do suspeito, de 27 anos, que auxiliou na ocultação do cadáver.
Segundo o delegado Leonardo Ávila, titular da Delegacia de Polícia de Marilândia, apesar de todas as pesquisas e análises científicas realizadas, a causa exata da morte e a motivação do crime permanecem inconclusivas.
“A ação pericial foi conduzida minuciosamente pela Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), mas não foi possível determinar a causa da morte. A motivação do crime também não foi claramente estabelecida. Pode ter ocorrido duas hipóteses: uma possível dívida de Thamyris com o suspeito relacionada ao comércio de drogas, ou um desentendimento ocorrido durante um programa sexual. A falta de testemunhas oculares e a ausência de provas físicas claras dificultaram a formulação de uma conclusão definitiva”, conta Ávila.
O suspeito de 35 anos foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver. Já o suspeito de 27 anos foi indiciado por ocultação de cadáver. O inquérito foi encaminhado ao Judiciário, que analisará se vai oferecer denúncia ou não.
Dinâmica da ocultação do cadáver:
O delegado Leonardo Ávila informou que o corpo da vítima foi encontrado em um local de difícil acesso e enterrado em uma cova com, aproximadamente, 70 a 80 centímetros de profundidade. Porém, segundo o delegado, ainda não foi possível reconstituir a exata dinâmica do homicídio.
De acordo com informações obtidas na investigação, o suspeito de 35 anos ligou para o suspeito de 27 anos na noite do dia 11 de abril, por volta das 22 horas, e pediu que ele fosse buscá-lo na rua, dizendo que estava em uma enrascada e que precisava de ajuda, solicitando também que levasse ferramentas para cavar uma cova.
Ainda segundo as investigações, o suspeito de 27 anos utilizou o próprio carro, um Fiat Palio cinza, para chegar às proximidades do córrego São Pedro, local onde o investigado de 35 anos estava escondido, em meio a um cafezal.
“Quando o suspeito encontrou esse amigo, afirmou a ele que teria ‘matado uma menina’ e que precisava de ajuda para esconder o corpo. Dali, ambos seguiram para um local próximo a uma casa abandonada às margens da rodovia ES-356. Lá, o suspeito mostrou o corpo da vítima, uma mulher, e juntos colocaram o cadáver no porta-malas do carro”, disse o delegado Leonardo Avila.
Em seguida, os suspeitos seguiram para o Córrego Sumidouro, onde decidiram enterrar o cadáver em uma mata fechada e erma. Após enterrarem o cadáver, ambos seguiram para a casa do suspeito de 27 anos, no carro dele, onde dormiram.
De acordo com as investigações, no dia seguinte à ocultação do cadáver, o indivíduo de 35 anos teria entregue uma moto Honda Bros de cor branca. Somente no dia 11 de abril, o suspeito teria deixado a casa do homem de 27 anos. “Em depoimento, o suspeito de 27 anos informou que, após usar o carro para transportar e ocultar o cadáver, decidiu guardar o veículo na casa de um parente na localidade de Santa Rosa, próximo à localidade de Japira, zona rural de Linhares”, contou Avila.
Laudo cadavérico e Toxicológico:
O laudo cadavérico de Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal apontou que o cadáver estava em avançado estado de putrefação. Apesar de ter sido observada uma pancada na cabeça na região frontal direita, não foi identificada fratura craniana, descartando a pancada como a causa da morte. Amostras do estômago foram coletadas para exame toxicológico, com laudos também inconclusivos. “O corpo estava enterrado há mais de três dias, o que pode ter dificultado a coleta de amostras que poderiam auxiliar no laudo, como sangue e urina”, disse o delegado.
Texto: Olga Samara Gomes
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