A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), concluiu o inquérito que investigava o comércio ilegal de armas de fogo por meio de aplicativo de mensagens. O suspeito, um homem de 30 anos, foi preso no último dia 14 de agosto, em Viana.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (20), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória. Segundo a investigação, o suspeito percorria a região metropolitana vendendo cestas básicas a famílias em situação de vulnerabilidade e, durante essa atividade, promovia paralelamente o comércio ilegal de armas de fogo.
As denúncias chegaram por meio do Disque-Denúncia 181 e apontavam que ele realizava negociações em redes sociais e aplicativos de mensagens.
O titular da Desarme, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, detalhou a apuração. “Verificamos o histórico criminal do indivíduo, marcado por duas prisões anteriores em posse de arma de fogo. Identificamos também que sua atividade profissional é a compra e venda de produtos usados, o que coincide com o perfil de outros investigados pelo mesmo tipo de crime. A denúncia fazia sentido, e com apoio da Justiça obtivemos um mandado de busca e apreensão em desfavor dele”, afirmou.
No cumprimento do mandado, foram apreendidas munições de calibre 12 e o celular do investigado. Com autorização judicial, os policiais acessaram o aparelho, onde localizaram imagens e diálogos que comprovam o comércio de armas.
“Os diálogos identificados foram estabelecidos pelo WhatsApp. O indivíduo compartilhava áudios e imagens revelando essa prática. Mas só teremos um panorama completo após a extração de dados, que ainda está em curso”, explicou o delegado.
Durante a prisão não houve resistência. A família do investigado compareceu à delegacia com a expectativa de pagar fiança, já que ele já havia sido detido anteriormente por posse e porte ilegal de armas que são crimes considerados afiançáveis. No entanto, dessa vez não foi possível.
“O comércio ilegal de armas de fogo não permite a libertação mediante pagamento de fiança na delegacia”, esclareceu Guilherme Eugênio.
Segundo o delegado, o suspeito e outros envolvidos nesse tipo de crime têm o cuidado de não guardar as armas que revendem. “Eles apenas fotografam, anunciam e deixam os armamentos com terceiros, para dificultar a localização pela polícia em caso de denúncia. Assim, acabam respondendo apenas por posse ou porte ilegal, crimes mais leves, enquanto evitam ser enquadrados pelo comércio ilegal de armas, que prevê pena de quatro a oito anos de prisão”, completou o delegado.
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