A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), concluiu o Inquérito Policial que investigou um duplo homicídio consumado e uma tentativa de homicídio, cometidos no bairro Planalto, em Vila Velha, no dia 21 de janeiro deste ano. Cinco suspeitos foram indiciados, sendo que três se encontram presos e dois estão foragidos.

Os detalhes do caso foram apresentados à imprensa durante entrevista coletiva realizada na tarde dessa quarta-feira (28), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.

Na data do fato, indivíduos armados invadiram duas quitinetes e vitimaram uma adolescente que morava em um dos apartamentos e um casal que residia em outro apartamento. A adolescente e um homem morreram na hora. A esposa do homem foi socorrida com vida.

Segundo a titular da DHPM, delegada Raffaella Aguiar, o alvo dos criminosos era o homem que morava com a adolescente morta. “Vimos que esse crime tem relação com a disputa do tráfico de drogas entre dois grupos que dominam a região de Zumbi dos Palmares: um denominado Casinha e o outro Índio Carajás. É tão complexo, porque, com as investigações, vimos que o relacionamento conturbado entre um dos líderes e sua companheira foi pano de fundo para uma série de mortes, indo além da disputa do tráfico”, explicou.

A delegada informou que os criminosos se passaram por policiais usando coletes balísticos e armamentos similares, além de rádios comunicadores. Segundo as investigações, cinco pessoas estão envolvidas no crime, sendo quatro homens e uma mulher. Três dos suspeitos foram presos ao longo das investigações. Ainda de acordo com o inquérito, o casal foi vitimado sem ter qualquer envolvimento com o tráfico.

“Um trabalho de investigação bem realizado, dando uma resposta para sociedade. Um crime bárbaro e cruel, que não permitiu defesa para as vítimas. Temos três presos e dois foragidos. Peço a ajuda da população que sempre trabalhou conosco. Caso saibam onde estão os foragidos, denunciem pelo número 181. Pessoas que praticam esse tipo de crime não têm condições de conviver e viver em sociedade “, comentou o delegado-geral José Darcy Arruda.

Texto: Marcus Vinícius Gonçalves, Estagiário - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).

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