A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), prendeu, na noite dessa segunda-feira (11), um homem de 32 anos suspeito de assassinar Dinah Marinho Amorim, de 27 anos, no bairro Vista da Serra I, na Serra. A prisão ocorreu no bairro São Francisco, região da Grande Jacaraípe, poucas horas após o crime.
De acordo com a investigação, o suspeito é ex-companheiro da vítima e o pai do filho dela, de seis anos. Ele teria invadido a residência durante a madrugada, enquanto mãe e filho dormiam, e cometido o crime na frente da criança. Os detalhes da investigação foram divulgados em coletiva na tarde dessa terça-feira (12), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou a resposta imediata das equipes. “Assim que tomamos conhecimento do fato, as investigações começaram. Em tempo recorde, conseguimos tirar de circulação esse indivíduo perverso que matou de forma covarde, na presença do próprio filho. Imaginar a cena — uma criança ao lado da mãe morta — é algo que nos choca profundamente. Agora, ele responderá perante à Justiça, e esperamos que receba a pena máxima”, afirmou.
A adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Fernanda Diniz, explicou que a apuração começou logo após a localização do corpo. “Assim que tivemos conhecimento do caso, nos deslocamos para o local e iniciamos diligências ininterruptas. Buscamos câmeras de segurança, ouvimos testemunhas e recebemos informações sobre o carro do suspeito. O veículo foi localizado em uma área de mata, na Grande Jacaraípe, abandonado e escondido, o que indicava tentativa de fuga”, disse.
A delegada relatou que, durante o cerco policial, o suspeito estava nas proximidades e observava a movimentação das equipes. “Ele admitiu que passou o dia acompanhando nossa atuação e só tentou sair quando escureceu, acreditando que não haveria mais policiais no local. Foi nesse momento que conseguimos abordá-lo e efetuar a prisão. Desde o início, ele confessou o crime, relatando detalhes e deixando claro que não demonstrava arrependimento”, disse a delegada Fernanda Diniz.
Ainda segundo a delegada, testemunhas informaram que o suspeito vinha ameaçando a vítima, inclusive de morte, há pelo menos uma semana. “A família nos relatou que ele era agressivo durante o relacionamento e que continuou perturbando a vida da vítima após a separação. No fim de semana anterior ao crime, ele esteve com o filho e o devolveu à mãe no domingo à tarde. Horas depois, na madrugada de domingo para segunda, retornou à residência e cometeu o homicídio”, contou.
A chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, ressaltou que o caso reforça a necessidade de denúncia precoce em casos de violência doméstica. “Identificamos que a vítima já havia sofrido violências físicas e psicológicas, além de ameaças recentes, mas nunca registrou ocorrência nem procurou a rede de apoio. É fundamental que, ao menor sinal de controle excessivo, ciúme ou agressão, a mulher procure ajuda e acione a polícia. Muitas vezes, o feminicídio é o desfecho de uma escalada de violência que começa de forma sutil e aumenta com o tempo”, afirmou.
A chefe da DHPM reforçou que a prevenção começa nos primeiros sinais. “A violência contra a mulher pode se iniciar com a imposição sobre roupas, restrição de amizades, controle de horários e de conversas. Essas atitudes podem evoluir para agressões físicas e, em casos extremos, para o feminicídio. Nosso trabalho é proteger e intervir antes que o pior aconteça, mas para isso precisamos que a vítima ou alguém próximo procure a polícia”, disse a delegada Raffaella Aguiar.
O suspeito foi autuado por feminicídio e encaminhado ao Centro de Triagem, localizado no Complexo Penitenciário Rodrigo Figueiredo da Rosa, onde permanece à disposição da Justiça.
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