A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, concluiu o inquérito que apurou o homicídio de Thiago Louzada Charpinel Goulart, de 43 anos, ocorrido em janeiro deste ano, no bairro Vila Nova de Colares, na Serra. Quatro pessoas foram presas por participação no crime: três homens e uma mulher, esta última sogra da vítima.
Os detalhes da investigação foram divulgados em coletiva de imprensa nessa terça-feira (16), na Chefatura da PCES.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, destacou a atuação da equipe. “Mais um inquérito policial concluído. Parabenizo a DHPP da Serra que agiu rápido. Estamos fazendo Justiça e esperamos que todos os envolvidos respondam às raias da Justiça com a pena máxima”, disse Arruda.
De acordo com o chefe da DHPP da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, a motivação teve origem em 2018, quando a filha da mulher presa morreu no parto que resultou no nascimento da neta, hoje com seis anos. Desde então, surgiram constantes desentendimentos entre ela e Thiago sobre a criação da criança.
As divergências se intensificaram após a vítima manifestar a intenção de assumir a guarda definitiva da filha, o que, segundo o delegado, a sogra jamais aceitaria. Para impedir, ela procurou o chefe do tráfico da região, alegando falsamente que a neta estaria sendo abusada pelo pai. “A suspeita usou até mesmo a neta como isca, oferecendo uma caixa de bombom para que chamasse o pai até o local do crime. Ela sabia que a vítima jamais negaria um pedido da filha”, relatou o delegado Rodrigo Sandi Mori.
Na noite do crime, Thiago foi atraído até o local pela sogra e recebido também pela cunhada e pela filha. Enquanto conversava com elas, o chefe do tráfico acionou os executores. Pouco depois, dois homens chegaram em uma motocicleta. O atirador surpreendeu a vítima pelas costas, disparando quatro vezes na cabeça. Thiago morreu no local.
“A sogra da vítima ainda gravou vídeos do corpo e os enviou a terceiros. Dias depois, filmou a neta dançando, em atitude considerada de deboche devido às divergências que ela tinha com a vítima, justamente nesse assunto”, disse Sandi Mori.
As investigações resultaram nas seguintes prisões
O homem de 30 anos, autor dos disparos e apontado como braço direito do chefe do tráfico, foi preso em maio. Já o homem de 29 anos, responsável por dar fuga ao atirador, foi detido em junho. No mesmo mês, também foi preso o chefe do tráfico, de 30 anos, apontado como mandante do crime, em posse de uma arma, anotações relacionadas ao tráfico e R$ 14 mil em espécie. Além deles, a sogra da vítima, responsável por atrair Thiago para a emboscada, foi presa no bairro Jardim Camburi.
Além disso, no celular do mandante foram encontradas imagens de pornografia infantil, fato encaminhado para apuração em outra unidade policial.
Os quatro envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo torpe e mediante impossibilidade de defesa da vítima. Os três homens também responderão por associação para o tráfico de drogas, com aumento de pena pelo uso de arma de fogo.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) ofereceu denúncia em face dos investigados, que foi recebida pela Justiça. Todos permanecem presos preventivamente e vão a julgamento pelo Tribunal do Júri.
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