Um suspeito de 18 anos foi detido, em flagrante, nessa segunda-feira (26), por policiais civis da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, durante uma operação policial realizada no bairro Colina de Laranjeiras, na Serra. O homem é investigado ser o executor do homicídio de Renato da Silva Caetano, de 38 anos, no último sábado (24), quando a vítima voltava de uma pescaria com o sobrinho, no balneário de Carapebus, no mesmo município.
Segundo o titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, no dia do crime, a vítima e o sobrinho caminhavam pela areia da praia quando foram abordados por um indivíduo que estava armado com uma pistola calibre 380.
“No momento da abordagem, esse indivíduo pediu para o Renato e o sobrinho levantarem a camisa e abaixar a bermuda e poder verificar se ambos estavam armados. No momento em que o Renato abaixou a bermuda, ele ficou nervoso com a situação e urinou. Isso fez com que o indivíduo desconfiasse da situação e ordenasse que ambos sentassem à mesa, que ficava próxima à água da lagoa de Carapebus”, contou o delegado.
O suspeito passou a perguntar à vítima se ela sabia onde era a boca de fumo no bairro Praia de Carapebus e se tinha conhecimento de quem seria o chefe do tráfico de drogas local. Segundo o delegado, o suspeito ainda teria pedido que a vítima desbloqueasse o celular, com o intuito de verificar se tinha amizades com traficantes ou envolvimento com o tráfico de drogas, no bairro Praia de Carapebus.
“A vítima desbloqueou o celular e, mesmo após o indivíduo verificar que no celular da vítima só estavam armazenados fotos, vídeos e conversas dele com familiares e amigos, ele (o suspeito) ordenou que o Renato se levantasse e efetuou dois disparos de arma de fogo. Um disparo acertou a vítima no braço e o segundo tiro acertou a cabeça, fazendo com que a vítima caísse ao chão. Mesmo com a vítima caída ao chão, o indivíduo efetuou mais quatro disparos que acertaram a cabeça e o pescoço da vítima que foi a óbito no local”, revelou Rodrigo Sandi Mori.
Ainda de acordo com a autoridade policial, o sobrinho da vítima, ao ver a situação, se jogou na lagoa e conseguiu escapar dos tiros. Após o crime, o suspeito saiu do local com o aparelho celular da vítima e do sobrinho, fugindo com o outro indivíduo que dava cobertura ao crime.
A motivação do crime está relacionada ao fato de a vítima morar em um bairro rival do Balneário de Carapebus, na disputa pelo tráfico de drogas, e, também, por demonstrar nervosismo no momento da abordagem. “O Renato era uma pessoa íntegra, um funcionário exemplar na empresa em que ele trabalhava há 17 anos. Um pai de família e querido por todos ali na região. Existe uma guerra pelo tráfico de drogas entre os bairros Balneário de Carapebus e Praia de Carapebus. A vítima morreu simplesmente por morar no bairro rival em que ele se encontrava e também por demonstrar nervosismo no momento da abordagem”, disse o titular da DHPP Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
De acordo com o delegado, o suspeito atua no bairro Balneário de Carapebus como braço armado do tráfico de drogas e já era conhecido pelos policiais da DHPP da Serra pela prática de homicídios e tráfico de drogas. “48 horas após o crime, nós realizamos a prisão desse indivíduo, que se encontrava em um condomínio, localizado em Colina de Laranjeiras, na posse dos celulares da vítima e do sobrinho”.
Em depoimento, o suspeito demonstrou frieza, confessou a autoria do crime com riqueza de detalhes e foi autuado, em flagrante, pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima e receptação, pois na sua residência foram apreendidos oito aparelhos celulares, produtos de roubo, inclusive os celulares da vítima do homicídio e do sobrinho.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, avaliou a operação como importante em relação a um crime bárbaro. "Ele demonstra, com esse comportamento, características de psicopatia, que não mede esforços para crescer na organização criminosa. Infelizmente, perdemos uma vida, mas a PCES fez a parte dela e esperamos que o suspeito pague pelo crime", disse.
Após os procedimentos de praxe, o suspeito foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanece à disposição da Justiça.
Texto: Olga Samara
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