Governo do Estado do Espírito Santo
15/09/2020 17h54 - Atualizado em 16/09/2020 12h58

Mês do auxiliar de Perícia Médico-legal celebra a competência e o profissionalismo na PCES

Auxiliares de perícia médico-legal da PCES : Ellen e Oberdan.

Entre os profissionais da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) o auxiliar de Perícia Médico-legal (APML) é o responsável por identificar vítimas fatais, a causa da morte, o recolhimento de informações sobre crimes diversos e receber a população. Tarefas extremas, que lidam, principalmente, com o cuidado às vítimas e suas famílias, exigem profissionais preparados. Neste mês de setembro celebramos a competência e o profissionalismo desses servidores tão importantes para o funcionamento da nossa PCES.

A auxiliar de perícia médico-legal Ellen Poli, que desde 2007 atua na área de antropologia do Departamento de Perícia Médico-Legal (DML) de Vitória, trabalha no atendimento aos familiares que procuram por seus entes que estão desaparecidos há mais de 30 dias e no reconhecimento de cadáveres que exigem exames complementares para serem identificados. “Isso significa que preciso lidar com famílias em luto. Por isso, em muitos casos, o trabalho exige uma atenção especial e precisamos ouvir suas histórias para conseguirmos identificar e localizar essas vítimas. Nosso trabalho exige um olhar extremamente técnico, mas também um agir humanizado”, disse.

Para essas identificações, a perita e seus três colegas na antropologia trabalham em conjunto à Delegacia Especializada de Homicídio – Pessoas Desaparecidas (DEPD), para buscarem elementos que facilitem na localização. “Mesmo com as dificuldades, agimos em conjunto e buscamos todas as provas que temos catalogadas. Lembro-me de dois casos em que as famílias nos procuraram para localizar seus parentes desaparecidos há anos. Em um dos episódios, uma filha, que não via o pai há cinco anos, descobriu que o pai havia falecido, após exames de DNA. Assim, damos um conforto para a família, pois a incerteza, às vezes, dói mais do que a verdade”, afirmou a perita.

Oberdan de Castro, auxiliar de perícia que trabalha no DML há mais de 13 anos, narra um caso de uma necropsia que fez em uma criança com histórico de queda de escada. “Aconteceu que, durante a perícia, percebemos que ela foi vítima de homicídio por espancamento, além de maus tratos, devido às lesões internas e as condições gerais do corpo da criança. De imediato, ligamos para a Delegacia de Homicídios e o pai, que era o autor do crime, foi preso logo na recepção do departamento. Quando você consegue ajudar a uma pessoa que passa por uma situação como essa, de uma certa forma, se sente realizado. É um sentimento de dever cumprido”, relatou.

Atualmente, o auxiliar de perícia trabalha no atendimento ao público no DML. Segundo ele, para evitar o acúmulo de estresse, ele e os cinco peritos da equipe criam um ambiente leve. “Fora do serviço, cada um tem seu hobby, atividades físicas, intelectuais, viagens, enfim, cada um libera o estresse à sua maneira. Pela própria natureza do trabalho, algumas tarefas trazem estresse e tristezas inevitáveis. Entretanto, realizar um trabalho essencial, para pessoas em um momento muito complicado de suas vidas, nos ajuda a passar por estas situações difíceis no trabalho”, destacou.

Ainda segundo Ellen Poli e Oberdan de Castro, além dos cuidados que já tinham diariamente, várias adaptações tiveram que ser feitas no ambiente de atendimento à população do DML, por conta da pandemia, para evitar a exposição da população e dos funcionários. “Nosso objetivo é atender a população com segurança, então redobramos os nossos cuidados com máscaras N95, utilização extensiva de álcool e a reorganização da recepção das famílias para evitarmos a propagação do vírus”, destacou o auxiliar de perícia. “Apesar dos medos impostos pela pandemia, nosso serviço não pode parar. Continuamos a prestar o serviço à população, com profissionalismo, ética e competência, para trazermos algum conforto para essas famílias”, ressaltou Ellen Poli.

 

Texto: Fernanda Pontes

 

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