Nesta sexta-feira (07), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) lembra o Dia Nacional do Médico-legista. Exercendo uma das áreas mais importantes dentro da Medicina, esses profissionais são responsáveis por realizar necropsia, com objetivo de identificar a causa da morte, acidente ou doença e fornecer esclarecimentos sobre as investigações.

Dentro da estrutura da Polícia Civil, os médicos-legistas fazem parte da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) e atuam no Departamento Médico-Legal (DML) de Vitória e também nos Serviços Médicos Legais (SMLs) de Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina.

Os médicos-legistas da Instituição, além da formação em Medicina, tem vasto conhecimento em Medicina Forense, e atuam principalmente, quando as circunstâncias da morte não são naturais, isto é, quando envolve assassinato, acidente ou suicídio. Eles também realizam exame de lesões corporais, em caso de acidentes ou agressões, que causem danos às vítimas, sem levar ao óbito.

Segundo o superintende de Polícia Técnico-Científica (SPTC), Carlos Alberto Dal-cin, as atribuições do perito médico legista são minuciosas e demandam grande dedicação e responsabilidade, pois são partes importantes na investigação de crimes de grande impacto na sociedade, como homicídios e crimes sexuais, por exemplo.

Além de todos os conhecimentos científicos atrelados à Medicina, o médico legisla precisa conhecer de física, química, direito e balística, para o desempenho de suas funções, o que faz com que sejam profissionais tão especiais dentro da Perícia Criminal.

“Em tempos em que a Saúde e a Segurança Públicas se mostram tão importantes a toda a sociedade, nossa homenagem àqueles que são, ao mesmo tempo, Médicos e Policiais, e que fazem justiça por meio da ciência”, disse Dal-cin.

Um exemplo de profissional que atua no ramo é o Dr. Leonardo Miranda. Ele ingressou na Instituição há 16 anos e atualmente é o Diretor do Serviço Médico Legal (SML) de Colatina. Graduado em Medicina pela Santa Casa de Misericórdia de Vitória, fez residência em anestesiologia e especialização em dor crônica. 

O médico conta que desde criança sonhava ser policial, influenciado pelas histórias que ouvia do pai, Neido Miranda, investigador de polícia na PCES por 31 anos.

Aos 18 anos, prestou concurso e foi aprovado para o cargo de Oficial da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). Decidiu sair, porque além da vontade de ser policial, queria se formar em Medicina. Depois de formado, decidiu prestar o concurso para Médico-legista e realizou o sonho de ser policial e médico. "É muito gratificante para mim estar na Polícia Civil. Apesar de ser uma atividade que se depara com muito sofrimento, é muito gratificante ter a oportunidade de auxiliar a Justiça na elaboração de provas e garantir que os fatos possam ser analisados com a maior quantidade de elementos possíveis, para que se houver um culpado, ele seja punido".

Durante a carreira policial, Leonardo lembra de diversas situações emblemáticas, entre elas, o caso de um crime bárbaro, de um homem que matou a esposa e os tres filhos. "Lidamos com diversas situações, mas para mim, casos que envolvem criança trazem uma carga emocional muito intensa" disse o médico-legista.

Por fim, Leonardo Miranda contou que considera a Polícia Civil como uma grande família. Tenho a oportunidade de trabalhar hoje em dia com amigos que trabalharam com o meu pai. O ambiente de trabalho é muito gratificante e espero completar com saúde meus 30 anos de polílcia".

Origem do Dia do Médico-Legista

A data surgiu a partir da lei nº 18, no ano de 1886, sob assinatura do conselheiro João Alfredo Correa de Oliveira, então presidente da Província de São Paulo, que oficializou o dia 07 de abril como o ‘Dia do Médico-Legista'.

Texto:  Adriana Nascimento Amaral Policial Civil - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).

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