Governo do Estado do Espírito Santo
02/07/2024 16h07 - Atualizado em 02/07/2024 17h11

Divisão de Homicídios da Serra prende cinco acusados de homicídio no bairro Carapina Grande

Foto: Adriana Amaral

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, prendeu cinco homens, com idades entre 20 e 30 anos, réus pelo homicídio de Raul de Souza Cunha, de 29 anos. O crime ocorreu na noite do dia 30 de junho de 2023, quando a vítima foi perseguida e morta a pauladas em via pública, no bairro Carapina Grande, na Serra. Ao todo, foram identificados oito envolvidos, sendo três adolescentes.

As prisões foram realizadas nos dias 05 e 07 de julho de 2023, e neste ano em 15 e 16 de abril e 18 de maio. Após todos os envolvidos se tornarem réus em ação penal, o resultado da investigação foi apresentado em coletiva de imprensa, que ocorreu na manhã desta terça-feira (02), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

"Um crime de grande repercussão devido à sua gravidade: a vítima foi espancada até a morte por sete indivíduos, enquanto um filmava toda a ação. A equipe da DHPP da Serra tem feito um trabalho significativo na região, reduzindo os dados de homicídios há anos", disse o chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), delegado Ricardo Almeida.

Segundo o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, um dos detidos, Felipe Almeida Santos, Vulgo Carroça, de 30 anos, é apontado como chefe do tráfico de drogas do bairro Carapina Grande e também atuava com agiotagem.

“O Felipe, vulgo carroça, era o atual comando do tráfico de drogas em Carapina Grande, além de dirigir o tráfico, praticava agiotagem e era conhecido por sua violência contra quem desafiava suas regras. Com histórico criminal desde 2013, aos 18 anos, cumpriu nove anos de prisão por roubo e homicídio, sendo libertado em 2022. Um ano e três meses depois, cometeu o homicídio de Raul e foi preso em 15 de abril deste ano”, disse o delegado.

Durante a investigação, foi identificado que Felipe acusou a vítima de estar desviando drogas de seu ponto de comando próximo a um supermercado, no bairro Carapina Grande. “Essa suposta motivação foi citada pelos traficantes como a razão para o espancamento fatal da vítima por sete indivíduos sob as ordens de Felipe. No entanto, essa alegação não foi confirmada durante a investigação”, destacou Sandi Mori.

Outro detido na investigação, Renan Costa de Jesus da Silva, de 20 anos, havia sido preso por tráfico em 18 de maio de 2023, libertado com tornozeleira eletrônica em 16 de junho. “Fato que não o impediu de, 14 dias depois, cometer outro crime, confirmado pelo monitoramento de sua tornozeleira no local e horário do delito", disse o delegado.

Mateus Almeida da Silva, de 22 anos, e Luciano Teles de Souza, de 20 anos, foram presos em 5 e 6 de julho de 2023, pelo homicídio ocorrido em 6 de abril de 2023, no bairro André Carloni. Além disso, estão atualmente detidos pelo homicídio de Raul. Por último, Yuri Anercinio, de 23 anos, foi preso em 18 de maio.

Os cinco maiores foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, associação criminosa e corrupção de menores. Todos são réus em ação penal na Terceira Vara Criminal da Serra. “O meio cruel da morte da vítima ficou evidente no exame cadavérico. Os três adolescentes também foram representados pela internação provisória, mas ainda não foi decretada. Assim que for decretada, realizaremos as apreensões necessárias”, explicou o delegado.

Sandi Mori prosseguiu: “Essas prisões significam uma desarticulação na associação criminosa que impunha um terror não só com o tráfico de drogas, mas também com homicídios ali na região E transmite uma sensação de paz e volta a dar uma tranquilidade maior aos moradores”, informou.

O crime:

A vítima, Raul de Souza Cunha, de 29 anos, foi morto em 30 de junho de 2023, uma sexta-feira à noite, quando foi perseguido e morto a pauladas em via pública, no bairro Carapina Grande, na Serra.

O crime ocorreu em uma avenida movimentada do bairro Carapina Grande, diante de vários moradores. “Os criminosos não demonstraram receio e cometeram o ato violento na frente da população local. Após o crime, enfrentamos dificuldades para obter imagens e vídeos de monitoramento devido ao medo que Felipe, conhecido na comunidade como "Carroça", impunha”, pontuou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.

O delegado detalhou a participação de cada um dos envolvidos no dia do crime: “O Felipe, vulgo carroça, chefe do tráfico de drogas, reuniu seus subordinados do tráfico e ordenou que todos fossem até a residência do Raul para matá-lo. Eles se armaram com pedaços de pau, inclusive, Luciano estava armado com bastão de ferro e juntos foram até a residência da vítima.”

De acordo com o delegado, ao chegar no local eles fizeram um cerco na residência da vítima. “Um dos adolescentes ficou na parte de trás da residência. Raul, vendo que ficou cercado e ia morrer, tentou fugir pulando os telhados das casas ao redor vindo a cair um galpão que estava aberto. Nesse momento, todos os suspeitos se aproximaram da vítima e começaram a espancá-lo com chutes, socos e pauladas, principalmente, na cabeça. A vítima teria implorado para não morrer, mesmo assim, o Felipe, que acompanhou toda a execução do crime de perto, ordenou que os indivíduos espancassem a vítima até a morte, enquanto filmava toda ação criminosa pelo seu celular”, detalhou o delegado Rodrigo Sandi Mori.

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