Governo do Estado do Espírito Santo
10/09/2021 16h10 - Atualizado em 10/09/2021 16h11

DP de João Neiva prende duas pessoas suspeitas de praticarem o golpe do 'falso trading'

A Delegacia (DP) de João Neiva prendeu duas pessoas que fazem parte de uma associação criminosa suspeita de praticar o golpe do ‘falso trading’. As investigações apontam que o golpe gerou um prejuízo de R$ 1 milhão e foram feitas dez vítimas, que moram na região de João Neiva, Ibiraçu e Aracruz, no norte do Estado. As prisões ocorreram no bairro Decarli, em Aracruz, e no Centro, em João Neiva, na quinta-feira (26).

A associação criminosa é investigada há um ano e o golpe consistia em atrair pessoas físicas e empresários para fazerem aplicações em mercados financeiros, garantindo rendimentos mensais de 10%. Para convencer as vítimas, os golpistas ressarciram algumas pessoas parcialmente, no intuito de fazerem acreditar que não se tratava de um golpe.

“Os golpistas criaram um aplicativo que permite que a vítima acesse a suposta conta do investimento, digitando senha, para acompanhar o rendimento do dinheiro e, se quiser, sacar os fatores. Ocorre que esse aplicativo não tinha lastro no mercado, ele era manipulado pelos criminosos, e os valores que eram adicionados a título de "lucro" não eram reais”, conta o titular da Delegacia (DP) de João Neiva, delegado Leandro Sperandio.

Um dos suspeitos de 34 anos, que é indicado como o chefe da organização, continua foragido. Ele apresentava como ‘trader’ e dizia ter expertise na aplicação em mercado financeiro. Ele tinha uma sala comercial alugada em Vitória onde atendia os clientes. As vítimas normalmente faziam aplicações em valores menores, ainda desconfiadas da credibilidade do investidor. Porém, com o passar do tempo, o suspeito ia ganhando confiança das vítimas e outros “investimentos” eram realizados com valores maiores.

“No início de 2020 a Polícia Civil foi procurada, pois o suspeito já não pagava os rendimentos e nem devolve o capital investido. Algumas vítimas não receberam nenhum valor, nem mesmo os 10% referentes ao rendimento do primeiro mês de aplicação. As investigações demonstram que há alguns anos ele fazia grupos em aplicativos de conversa que juntavam dezenas de pessoas, sendo que cada uma realizava pequenas aplicações nos valores de trezentos, quinhentos e mil reais”, ressalta o delegado.

As prisões

Na quinta-feira (26), duas pessoas que foram presas auxiliaram o chefe da organização criminosa. Uma delas, um homem de 36 anos, preso em Aracruz, agia como captador de clientes. Ele tinha algumas relações de amizade na região e passou a fazer propaganda sobre os serviços prestados pelo suspeito. Parte das vítimas depositou os valores na conta desse auxiliar.

Já a outra presa, uma mulher de 29 anos, presa em João Neiva, é a esposa do foragido. Uma parte do dinheiro também era depositada pelas vítimas na conta bancária dela e ela realizava alguns saques. Normalmente os saques eram feitos em pequenos valores e realizados uma vez por dia, para não chamar atenção do banco.

Texto: Matheus Zardini

 

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