A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e com apoio do 12º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), prendeu, na última quarta-feira (03), um homem de 36 anos, investigado por estuprar e manter a filha em cárcere privado dos 9 aos 15 anos de idade. O crime foi descoberto após a vítima conseguir fugir do suspeito e registrar o boletim de ocorrência dos fatos. O indivíduo foi preso pela PMES na zona rural de Linhares.
Os detalhes sobre a investigação foram divulgados em coletiva de imprensa na última sexta-feira (05), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
O delegado-geral adjunto da PCES, delegado José Lopes, enfatizou a ação da Polícia Civil para a elucidação do caso: “Eu não consigo entender porque fazer uma maldade com uma criança. Ficamos imaginando como essa criança vai passar o resto da vida. Mas a gente não tem o poder de evitar o crime, mas tem o dom que Deus nos deu para desvendar.”
Segundo o adjunto da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Glalber da Costa Cypreste, a vítima foi acolhida e atendida pelo psicossocial do DPCA e, durante o seu relato, ela informou que estava sendo estuprada pelo próprio pai desde os 9 anos de idade. Durante esses abusos, a vítima chegou a engravidar duas vezes e deu luz a um bebê que, atualmente, está com um ano e meio e sob os cuidados do Conselho Tutelar. O segundo bebê, que foi concebido logo após o nascimento do primeiro, teve um aborto espontâneo.
Ainda de acordo com o delegado, a vítima e os irmãos eram mantidos em cárcere privado, ameaças constantes de morte e agressões psicológicas. O suspeito mantinha as crianças em situação deplorável em uma residência com condições precárias. Quando uma pessoa próxima à família esteve ciente do fato, levou a vítima para a DPCA. “Nós prontamente instauramos o inquérito e diligenciamos, concluímos o inquérito e ele foi indiciado por estupro de vulnerável, sequestro em cárcere privado, ameaça, maus-tratos e abandono intelectual”, detalhou o delegado Glalber da Costa Cypreste.
De acordo com o relato da vítima, ela era constantemente agredida e ficava presa dentro de casa, não tinha o direito de estudar e passava fome. Segundo as investigações, o agressor mudava de residência frequentemente sempre que surgiam denúncias dos maus-tratos aos filhos, morando no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo. “Nós iniciamos um intenso trabalho de inteligência policial, porque ele se evadiu. Ele ficou foragido durante um tempo e nós nos dedicamos com muito esforço pois era uma questão de honra prender esse agressor”, disse o delegado.
As equipes policiais descobriram que o indivíduo estava na região norte do Estado e acionou as autoridades policiais locais, recebendo também o apoio do 12º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo, setor de inteligência e equipe da Força Tática. A Força Tática encontrou a residência do indivíduo, cercando-a e dando voz de prisão ao suspeito, que, por sua vez, se entregou e informou que havia uma espingarda dentro da residência.
“O irmão mais velho da vítima, de 16 anos, relatou para algumas pessoas que ela estava deitada dentro de uma casa, que não havia móveis, e que estava sobre um colchão e não queria se levantar. Ele pediu socorro a uma vizinha que foi ao local e encontrou a vítima visualmente desnutrida e desidratada", afirmou Cypreste.
De acordo com as investigações da DPCA, a mãe da vítima vive em situação de rua, é usuária de drogas e vive no sul da Bahia. Desde muito nova, a vítima vivia aos cuidados do pai. O suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável, sequestro em cárcere privado, ameaça, abandono intelectual e maus-tratos.
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