Governo do Estado do Espírito Santo
02/01/2025 18h34

DPCA prende três suspeitos de abusos sexuais contra adolescentes em Cariacica

Foto: Adriana Amaral
titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thais Cruz; superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo; adjunta da DPCA, delegada Gabriella Zaché e, o adjunto da DPCA, delegado Leonardo Vanaz

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com o apoio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, realizou, nos dias 23 e 29 de dezembro do ano passado, a prisão de três homens, dois de 18 e um de 19 anos, suspeitos de abusar sexualmente de adolescentes sob o pretexto de práticas religiosas. Até o momento, foram identificadas nove vítimas.

As informações foram divulgadas em coletiva na manhã desta quinta-feira (02), na Chefatura de Polícia Civil.

A titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thais Cruz, ressaltou que é essencial que, ao menor sinal de irregularidade, a denúncia de casos de violência ou abuso contra crianças e adolescentes seja feita imediatamente.

Ela destacou que a atuação da DPCA vai além da esfera policial, oferecendo suporte social por meio de psicólogos e assistentes sociais. "Trabalhamos de forma integrada com a rede de proteção para garantir acolhimento às vítimas e familiares. Mudanças no comportamento, como retraimento ou queda no rendimento escolar, são sinais que devem ser observados. Suspeitando de algo, procure a DPCA para orientação e apoio", explicou a delegada Thais Cruz.

A titular da DPCA reforçou que as vítimas recebem atendimento inicial e encaminhamento para suporte psicológico ou assistencial. "Cada cidade tem uma rede própria, mas todas as vítimas saem da DPCA já direcionadas para acompanhamento especializado", completou.

A adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Gabriella Zaché, explicou que os abusos teriam ocorrido por meio do estabelecimento de um ambiente de confiança pelos suspeitos, que se aproveitavam da posição de liderança dentro da igreja para coagir as vítimas a participarem de atos sexuais.

Há também relatos de ameaças aos pais das vítimas e até mesmo incentivo à automutilação. O caso envolve múltiplas vítimas e há suspeita da existência de outras vítimas em outras igrejas.

De acordo com Gabriella Zaché, os suspeitos cooptavam as vítimas ao estabelecerem uma relação de confiança dentro da igreja. “Inicialmente, os autores se apresentavam como jovens envolvidos em atividades religiosas, como cantar e pregar a palavra nas igrejas. Eles ganhavam a confiança dos pais e, posteriormente, criavam grupos de oração, nos quais inicialmente participavam os pais. Quando a confiança estava consolidada, somente os jovens eram convidados a participar desses encontros”, explicou.

Durante esses encontros, os autores utilizavam manipulação psicológica, alegando que estavam "possuídos" por entidades espirituais e que os jovens precisavam realizar certos atos, incluindo abusos sexuais, para libertá-los. “Além disso, havia ameaças de que, se os jovens não se submetessem a essas ações, algo de grave aconteceria aos seus familiares. Esse comportamento criou um ciclo de coação, em que as vítimas, em muitos casos, cediam devido ao medo e à pressão emocional”, disse a delegada Gabriella Zaché.
  
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