Governo do Estado do Espírito Santo
19/02/2024 11h22

DRCC deflagra Operação Cyberbullying em conjunto com a PCSP e PCRJ

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou no último dia 10, a Operação Cyberbullying. O objetivo da operação era prevenir crimes de induzimento a automutilação, cyberbullying, incitação ao crime, corrupção de menores e organização criminosa. Uma adolescente de 15 anos, moradora do município da Serra, estava entre as vítimas, sendo induzida por uma organização criminosa a se automutilar, em uma chamada ao vivo.

Até o momento, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em desfavor de três indivíduos que mantinham um grupo por meio de uma plataforma digital que planejavam, dentre outros crimes, matar uma pessoa em situação de rua e transmitir ao vivo. Uma mulher de 33 anos foi presa no Estado do Rio de Janeiro e os outros dois alvos seguem foragidos e sob mira do Estado de São Paulo. Foram identificados também quatro integrantes menores de idade, localizados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Bahia. 

A ação contou também com apoio do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo e da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro. “Esta operação, foi a primeira ação nacional após a vigência do artigo 146-A; parágrafo único, que oficialmente instituiu o crime de Cyberbullying no Brasil”, informou o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.

A operação teve início, após a equipe policial receber no mês de janeiro de 2024, um relatório técnico do Ministério da Justiça, informando que uma menina de 15 anos, moradora da Serra, estava sendo vítima de um grupo criado em uma plataforma digital, que induziam a práticas criminosas, como extorsão, cyberbullying, ataques a escolas, além de induzir ao suicídio e automutilação. A vítima do caso, era induzida pelo grupo à automutilação.

De acordo com as investigações, o grupo foi criado em outubro de 2023 e agia como uma organização criminosa, cada membro do grupo era designado a funções individuais. No grupo, haviam arquivos de pessoas mutiladas, além de vídeos identificados como maus tratos aos animais.  “Como o grupo já costumava realizar transmissões, a plataforma tomou conhecimento do novo conteúdo e informou o Ministério da Justiça. O grupo chegou a ser derrubado, mas logo em seguida já foram criados outros grupos”, relatou o delegado Brenno Andrade.

“Os grupos realizavam chamadas ao vivo e determinavam que ela se automutilasse e escrevesse na pele com uma gilete as iniciais do grupo. A adolescente foi intimada, juntamente com seus responsáveis a depor. Durante o depoimento, a jovem confirmou as informações”, completou o delegado.

 

Texto: Beatriz Paoliello, Estagiária – Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).

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