Governo do Estado do Espírito Santo
22/09/2025 18h03

Homem investigado pela DPCA por estuprar a própria filha é preso pela PMES em Vitória

Foto: Yan Lee / Sicoi PCES
titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Marcelo Cavalcanti; superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo; delegado-geral da PCES, delegado José Darcy Arruda; adjunta da DPCA, delegada Sabrina Kiesel Schons. e o comandante da Força Tática, do 1ºBPM, tenente Leopoldino.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com apoio do 1º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), prendeu, na última terça-feira (16), em Vitória, em cumprimento de mandado de prisão preventiva, um homem de 34 anos, investigado por estuprar de forma reiterada a própria filha, entre 12 e 14 anos de idade.

Durante a ação, os policiais também apreenderam grande quantidade de drogas e prenderam outras três pessoas, sendo dois homens, de 18 e 34 anos, e uma mulher de 24 anos, em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.  

Segundo as investigações, a vítima relatou que era constantemente ameaçada pelo pai, que a rastreava por meio do celular e utilizava arma de fogo para intimidá-la. Os detalhes do caso foram apresentados em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou a gravidade do crime e fez um apelo à sociedade para denunciar situações semelhantes. “Esses crimes são extremamente cruéis, afetam diretamente a paz de espírito das pessoas. Nesse caso, desde os 12 anos de idade, a vítima passou a sofrer abusos e ameaças por parte do pai, que é traficante e homicida. O caso só foi descoberto quando a filha encontrou a mãe e relatou o que vinha sofrendo. É fundamental que a sociedade não se cale: qualquer suspeita de abuso deve ser levada ao conhecimento da polícia para que possamos agir rapidamente contra criminosos que não podem conviver em sociedade”, disse. 

O superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Agis Macedo, ressaltou a importância da integração entre as forças de segurança. “Quero registrar meu agradecimento pelo investimento realizado na DPCA, com a chegada do delegado Marcelo Cavalcanti, profissional experiente, que vai contribuir muito com os trabalhos. Também reforço a importância da integração entre Polícia Civil e Polícia Militar, fundamental para a captura e a solução de casos tão graves”, declarou. 

O titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Marcelo Cavalcanti, falou sobre o novo desafio na chefia da unidade. “Assumimos essa responsabilidade com o compromisso de ajudar a equipe da DPCA, uma delegacia que lida com vítimas em situação de extrema vulnerabilidade. Ressalto ainda o trabalho em conjunto com a Polícia Militar e o apoio da equipe da delegacia”, frisou. 

A adjunta da DPCA, delegada Sabrina Kiesel Schons, explicou ainda como o caso chegou à polícia e a rapidez na atuação das forças de segurança. “O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil porque a vítima e sua genitora procuraram a DPCA para relatar que ela vinha sofrendo abusos sexuais por parte do pai, que começaram quando ela tinha cerca de 12 anos e continuaram até os 14 anos. Além disso, a vítima era ameaçada com arma de fogo caso contasse algo, e suas redes sociais eram monitoradas pelo suspeito, que também a rastreava por celular", disse. 

Com o serviço de inteligência, foi possível verificar que o suspeito tinha envolvimento com o tráfico de drogas e antecedentes por homicídio, inclusive com período foragido do sistema penitenciário. A DPCA representou pela prisão preventiva, que foi acatada pela Justiça, e o cumprimento do mandado foi realizado pela Polícia Militar.

"É importante destacar a rapidez com que o caso foi resolvido: o fato chegou à DPCA no dia 12 de setembro e, quatro dias depois, em 16 de setembro, o suspeito foi preso. Isso demonstra nossa resposta ágil à sociedade. Para a segurança da vítima e da genitora, ambas foram acolhidas em abrigo e receberão acompanhamento psicológico por meio da rede de apoio estabelecida, reconhecendo o impacto traumático dessa situação”, destacou a delegada Sabrina Kiesel Schons. 

A adjunta da DPCA explicou como ocorreram os abusos e o acolhimento da vítima: “Os abusos começaram quando a vítima ainda morava com os pais, e continuaram mesmo após a separação, durante as visitas ao pai, ocorrendo de forma periódica ao longo de dois anos. Ela era ameaçada com arma de fogo e tinha suas redes sociais controladas. Para garantir a proteção dela e da mãe, foi necessário o acolhimento em um abrigo, com apoio da Rede de Atendimento à Mulher. A vítima chegou bastante assustada, mas foi acolhida e protegida até a prisão do suspeito.”

O comandante da Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), tenente Leopoldino, explicou a atuação da PMES na captura. “A partir das informações compartilhadas pela DPCA, nosso serviço de inteligência identificou a nova residência do acusado, que havia assumido a liderança de um ponto de tráfico na Grande São Pedro, onde armazenava armas e drogas. Durante a operação, além de cumprir o mandado de prisão, encontramos três pessoas envolvidas no tráfico e grande quantidade de entorpecentes prontos para comercialização. A residência funcionava como centro de distribuição de drogas”, informou.

Durante a operação, a Polícia apreendeu cerca de 13 quilos de cocaína, 443 pedras de crack, 370 buchas e 143 tiras de maconha, além de 210 grmas de maconha, 100 gramas de crack, cinco balanças de precisão, cinco celulares e um rádio comunicador.

 

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