Um homem de 31 anos, considerado um dos mais procurados da região de Aracruz, foi detido na última sexta-feira (02), durante uma operação batizada de ‘Barra II’, realizada por policiais civis da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz e de militares da Força Tática e da 2ª Seção da 10 Companhia Independente, no bairro Portal de Anchieta, no município de Anchieta. O detido tem quatro condenações acumulando quase 100 anos de prisão.
A operação tinha o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão preventiva em desfavor do detido, apontado como o chefe do tráfico de drogas e responsável por homicídios ocorridos na região de Barra do Riacho, em Aracruz. O resultado da operação foi apresentado em coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (05), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta, responsável pelas investigações, mesmo não residindo em Aracruz, o detido comandava todo o tráfico de drogas em Barra do Riacho, região conhecida pela intensa movimentação no comércio de drogas e crimes no município.
“Ele era o principal líder de todas as ações criminosas naquela localidade. Tudo que acontecia ali tinha que ter a permissão dele. Ninguém poderia fazer nada que não tivesse a autorização dele. Se eles desejavam assassinar alguém, primeiro precisavam da permissão dele”, explicou André Jaretta.
Antes de liderar o tráfico de drogas em Barra do Riacho, o detido já teve participação em outros crimes. "Em 2009 ele invadiu nossa Delegacia em Castelo, fortemente armado, para resgatar um comparsa. Ele resgatou o preso e levou as armas. Ainda novo, ele já tinha na sua formação um DNA criminoso de extrema periculosidade”, relatou o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
As investigações da operação Barra 02 duraram cerca de oito meses e contaram com a contribuição da Delegacia de Polícia de João Neiva, da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz e da Polícia Federal no Espírito Santo.
“Existe a possibilidade de esse homem ter envolvimento com atividades ligadas ao tráfico internacional de drogas, por isso a Polícia Federal também colaborou com as investigações. Ele era um criminoso muito avançado nesse aspecto, coisas que nossos investigadores e até mesmo a Polícia Federal viram em casos raríssimos, em exceções. Ele era uma exceção”, contou o delegado.
Segundo a autoridade policial, o homem estava usando documentos falsos em nome de Wanderson Martins Silva, de 30 anos. “Além da documentação falsa, o criminoso passou por algumas modificações em sua fisionomia para dificultar a sua identificação e era extremamente cuidadoso para não ser encontrado. Ele mantinha, inclusive, conta bancária com o nome falso”, disse Jaretta.
O homem foi preso no interior de uma casa situada no Bairro Portal de Anchieta, em Anchieta, em um momento de lazer com a família e não teve oportunidade de esboçar qualquer reação. No interior do imóvel foi apreendido o valor aproximado de R$ 3 mil e nenhum objeto ilícito.
“Ficamos praticamente 48 horas monitorando os passos deles. Ao termos uma grande probabilidade que ele se encontrava dentro da casa, entramos e conseguimos finalmente efetuar a prisão dele”, afirmou o delegado.
Texto: Olga Samara
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