A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), em conjunto com a 4^a Divisão de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo, realizou uma operação, na última quinta-feira (25), na capital paulista. A equipe apreendeu um carro, entre outros objetos. Um homem foi preso na ação.

As investigações sobre o caso tiveram início em 2020, tendo como alvo um estelionatário que usava um perfil no aplicativo Instagram para anunciar a falsa venda de aparelhos celulares e outros eletrônicos, utilizando o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), de uma empresa do Espírito Santo.

O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, explicou a dinâmica do crime. “Ele praticava o golpe e ele mesmo tinha uma empresa fake que certificava os produtos que vendia. Essa ação foi desenvolvida pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais no Espírito Santo integrada com o Deic de São Paulo. Uma ação muito importante que levará o indivíduo à prisão”, disse.

Na residência do detido, localizada em um condomínio, em Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo, foram apreendidos, além do veículo, no valor de R$ 150 mil, cartões de créditos, computadores e celulares. A Polícia calcula que ele tenha roubado milhares de reais só pelas redes sociais. Com isso, consumidores que caíram no golpe procuravam a verdadeira empresa para reclamar das compras não entregues.

O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, conta que uma vítima do município de Vila Velha procurou a Delegacia de Crimes Cibernéticos, relatando que o CNPJ de sua empresa estava sendo utilizado de forma indevida nas redes sociais. “Ela nos contou que percebeu que se tratava de um crime a partir do momento que pessoas de vários locais do Brasil entravam em contato com ela, reclamando que os produtos não chegavam às suas residências”, disse.

Os policiais do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) do Espírito Santo deslocaram- se para São Paulo com o intuito de ajudar os policiais e obtiveram sucesso. Os policiais tiveram contato com a conta do Instagram, pela qual o indivíduo fazia suas vítimas.

O delegado Brenno Andrade disse que o homem, que se declara empresário, negou todos os fatos. O titular da DRCC deixa claro que a sociedade deve sempre desconfiar de produtos vendidos pela internet com um preço muito abaixo do valor normal de mercado. E alerta que caso alguém tenha comprado nesse perfil do Instagram, entre em contato com a delegacia ou pelo Disque-Denúncia 181.

Texto: Marcus Vinícius Gonçalves, Estagiário - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).

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