Governo do Estado do Espírito Santo
30/09/2022 17h10 - Atualizado em 19/12/2022 13h01

‘Operação Maria da Penha’ no Espírito Santo prende mais de 500 autores de violências doméstica e familiar

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) divulgou, em entrevista coletiva realizada na Chefatura de Polícia Civil em Vitória, nessa terça-feira (27), os dados referentes aos resultados da “Operação Maria da Penha” no Estado do Espírito Santo. A ação policial foi iniciada no mês de agosto e ocorreu até o último dia 22 de setembro, com a participação da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-Deam), da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária (DDHPC) e da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). 

 

A Operação Nacional Maria da Penha foi comandada pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seospi). No Espírito Santo, a operação foi realizada nos municípios de Colatina, Santa Maria de Jetibá, Marechal Floriano, Jaguaré, Vila Valério, Sooretama, Afonso Cláudio, Mimoso do Sul, Cachoeiro de Itapemirim e Conceição do Castelo.  

 

No total, 532 prisões foram efetuadas, 1.040 inquéritos policiais foram concluídos, 389 denúncias foram apuradas e 849 visitas tranquilizadoras foram realizadas. No que se refere à apreensão de artefatos, 14 armas de fogo e um simulacro de escopeta foram apreendidos, além de 94 munições apreendidas.


As ações policiais não foram as únicas diligências da operação, que também incluiu o atendimento às pessoas e o trabalho de conscientização e prevenção contra as violências doméstica e familiar. O trabalho foi possível por conta da delegacia móvel, um modelo de atendimento itinerante que rodou por todas as cidades onde a “Operação Maria da Penha” foi realizada.

 

Os dados da Polícia Civil também revelaram que 422 atendimentos psicossociais foram realizados, 109 palestras foram feitas, 25 escolas foram atendidas e 5.948 alunos adolescentes receberam informações de conscientização em relação ao trabalho das forças de segurança sobre a violência doméstica.

A chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil, delegada Cláudia Dematté, ressaltou que os policiais que participaram da “Operação Maria da Penha” no interior também dialogaram com a população de forma clara, chamando os cidadãos para a luta contra a violência doméstica.

“Durante os dias da operação, conversamos com a população, visitamos escolas, comércios e vários outros ambientes para orientarmos sobre como realizar uma denúncia e sobre as demais medidas que podem ser tomadas. Fizemos isso pois é necessário que a população entenda que a luta contra a violência doméstica não é só das mulheres, mas de toda a sociedade. As denúncias devem ser feitas desde a primeira violência sofrida, pois, caso a violência continue, o resultado pode ser fatal”, salientou a delegada Cláudia Dematté.

A realização da “Operação Maria da Penha”, com o apoio da Polícia Militar, também é considerada um marco para as forças de segurança do Estado, demonstrando que, com o trabalho de integração, os servidores de segurança pública podem levar conhecimento à população e, consequentemente, auxiliar no surgimento de uma sociedade mais consciente e segura.

Apesar das ações da operação terem sido encerradas no último dia 22 de setembro, a Polícia Civil continua empenhada no combate à violência contra a mulher, por meio das ações rotineiras de enfrentamento e da participação da população, que são de alta importância para o trabalho das forças de segurança.

Caso você se identifique como uma vítima de violência doméstica ou conheça alguém que precise de ajuda, faça uma denúncia na Central de Atendimento à Mulher no número 180 e no Disque-Denúncia 181. O anonimato dos denunciantes é garantido.


Texto:
 Rachel Nunes, estagiária da Assessoria de Comunicação SESP

 

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