Governo do Estado do Espírito Santo
10/08/2022 15h56 - Atualizado em 13/12/2022 13h43

Operação Vapor: Polícia Civil prende três homens e apreende mais de 2 mil cigarros eletrônicos na Grande Vitória

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) deflagrou, na última sexta-feira (05), a Operação Vapor, com o objetivo combater a comercialização de cigarros eletrônicos e outros acessórios para o dispositivo que é proibido no Brasil. A operação foi empreendida em diversos estabelecimentos comerciais dos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Guarapari.

Durante a operação, três pessoas foram presas e mais de duas mil unidades de cigarros eletrônicos foram apreendidas. Além do dispositivo, também foram apreendidos 677 essências para cigarros eletrônicos, 263 componentes de cigarro eletrônico, 500 gramas de ácido bórico e mais de 400 mil unidades de pinos vazios.

A comercialização de cigarros eletrônicos e dos respectivos dispositivos é proibida no Brasil desde 2009, conforme a Resolução (RDC n. 46/2009), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após tomar ciência da comercialização desses produtos, a PCES deu início a um trabalho de investigação para o levantamento de pontos comerciais onde os dispositivos e outros componentes estavam sendo vendidos.

 

Já tendo identificado os pontos comerciais, as equipes seguiram até os locais que foram revelados pela investigação para realizar a prisão de suspeitos e a apreensão do material que estava circulando.

 

O titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais e Outras (Dipo) de Guarapari, delegado Marcelo Santiago, informou que a investigação não foi encerrada. “A primeira fase da investigação envolveu essa operação, que foca nos vendedores desses produtos. A investigação vai continuar para identificar os distribuidores, visto que esses produtos geralmente vêm de outros países, como a China”, relatou o delegado Marcelo Santiago.

 

“Por conta da proibição no Brasil, não há nenhum órgão regulador, seja ele Federal ou Estadual, que realize o controle de qualidade dessas mercadorias. Também verificamos que algumas das essências que apreendemos são produzidas em solo brasileiro. Então, continuaremos trabalhando para identificar esses produtores”, completou o titular da Dipo.

Segundo o médico legista Cássio Laiber, o pulmão de uma pessoa que faz o uso de cigarro eletrônico se assemelha ao pulmão de uma pessoa que foi infectada com o vírus da Covid-19. “O vape foi inventado para evitar os efeitos colaterais do alcatrão e do CO2. Porém, durante os estudos, foi identificada nos usuários a pneumonia lipóide, que dificulta a troca gasosa entre o pulmão e o sangue. O raio X de um pulmão com pneumonia lipoide é muito similar com o pulmão de quem já teve Covid”, explicou o médico.  

Os três suspeitos foram autuados em flagrante por crimes contra a relação de consumo e foram liberados após o pagamento de fiança. A pena para quem comercializa cigarros eletrônicos é de 2 a 4 anos, tendo a possibilidade de fiança de acordo com o caso.

A participação da população é crucial para o trabalho da Polícia Civil. Caso você saiba de algum ponto comercial que está realizando a venda de cigarros eletrônicos, faça uma denúncia no Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.

 

Texto: Rachel Nunes, estagiária da Assessoria de Comunicação SESP

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