Governo do Estado do Espírito Santo
27/05/2021 17h42 - Atualizado em 27/05/2021 18h04

Pai e madrasta são presos suspeito de ser autores de agressões contra criança

A equipe da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso (DPCAI) de Linhares prendeu, na noite dessa quarta-feira (26), a madrasta e o pai de uma menina de cinco anos. A mulher de 24 anos é suspeita de ser autora de tortura e agressão contra a criança. Já o pai de 25 anos, foi omisso. Eles foram presos em um bairro do município de Linhares, em cumprimento de mandado de prisão temporária.

Nessa terça-feira (25), a criança havia dado entrada em um hospital no município, com diversas lesões pelo corpo. A equipe médica acionou a Polícia Militar que encaminhou os responsáveis para à Delegacia Regional de Linhares.

Na ocasião, a madrasta informou que os hematomas eram decorrentes de uma reação alérgica. Por não ter indícios de flagrante, os suspeitos foram ouvidos e a autoridade policial não conseguiu identificar, naquele momento, indicação de autoria, sendo os dois liberados.

A ocorrência foi passada para à Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso (DPCAI) de Linhares que começou as diligências. A criança havia sido transferida para um hospital em Colatina, onde passou por diversos exames e, o Serviço Médico Legal (SML), apontou que ela teve politraumatismo, com lesões por todo corpo, sobretudo, na cabeça e tórax.

“A partir dessas informações, começamos a ouvir testemunhas, que eram vizinhas do casal. Elas relataram que ouviram gritos da criança e barulho de agressões enquanto ela estava com a madrasta e que, o principal motivo, seria o ciúme da menina com o pai”, disse a titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso (DPCAI) de Linhares, delegada Silvana Paula Castro.

Ainda de acordo com as investigações, a criança estava há um mês morando com o pai no município, já que a mãe, que é de Itabatã, na Bahia, está passando por grandes problemas de saúde. A madrasta esperava o companheiro sair de casa para começar a tortura.

“Há suspeita de que as agressões começaram assim que a criança chegou ao município, pois médico indica que as lesões da criança podem ter cerca de 20 dias”, ressaltou a delegada Silvana Paulo de Castro.

Durante o depoimento, a madrasta não confessou a autoria e, o pai se mostrou omisso. Dessa forma, o casal será autuado por tortura qualificada. O homem de forma omissiva, pois tinha o dever de agir e evitar o resultado e a mulher na forma comissiva e omissiva, já que não prestou socorro à criança. Eles foram encaminhados ao sistema prisional.

Texto: Matheus Zardini

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