O Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), em ação conjunta com a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), prendeu, no último dia 9, um homem de 27 anos e uma mulher de 25 anos, no bairro Novo México, em Vila Velha. Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que fabricava carteira de identidade (RG) e carteira nacional de habilitação (CNH), cujos papéis são supostamente oriundos de uma mesma gráfica.
Os documentos eram fabricados para diversos Estados da federação, além do Espírito Santo, também atendia Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Detalhes sobre as prisões e sobre a investigação foram divulgados em entrevista coletiva, nessa quinta-feira (23), na Chefatura de Polícia Civil.
As investigações tiveram início em fevereiro deste ano. A Polícia Civil percebeu que estava havendo uma grande apreensão de Carteira de Identidade e CNH falsas. Uma apuração foi iniciada, até chegar a um casal, que residia no bairro Novo México, em Vila Velha.
De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), delegado Gabriel Monteiro Duarte, a equipe policial ao chegar ao endereço descobriu uma fábrica clandestina de produção de cédulas de identidade e CNHs. “Quando nos deparamos com esse material percebemos a perfeição que tinha o papel utilizado pelos criminosos e entendemos que se o papel não é o original que chega à polícia, trata-se de um material de altíssima qualidade”, relatou.
Durante as diligências no interior do imóvel do casal, foram apreendidos 26 documentos, incluindo o RG de um traficante procurado no Estado.
Gabriel Monteiro explicou o modus operandi da organização criminosa: o criminoso foragido enviava uma foto 3x4 e os criminosos pesquisavam em bancos de dados nomes aleatórios, mas que não tinham espelho ou foto no sistema policial, sendo assim, inseriram os dados e com equipamentos de altíssima qualidade confeccionavam RG ou CNH perfeita, só sendo perceptível com exame de Perícia Técnico Laboratorial. O casal também produzia documentos falsos para estelionatários aplicarem golpes em instituições bancárias e até na Justiça, pois os criminosos não são capturados pela polícia.
Os policiais ao consultarem os antecedentes criminais da mulher de 25 anos, descobriram que ela tinha em seu desfavor um mandado de prisão por tráfico de drogas oriundo do Estado de São Paulo, já o homem de 27 anos tinha passagens por extorsão mediante sequestro.
O casal foi autuado em flagrante delito pelos crimes de receptação, falsificação de documentos públicos e por maquinários de falsificação, sendo encaminhados para a unidade prisional, ficando à disposição da Justiça.
As investigações continuam para identificar e prender quem é o indivíduo intermediador dos criminosos e estelionatários, já o papel moeda será encaminhado para a perícia para saber se é o original usado pela polícia, caso não seja, o material vai passar pelo teste de luz negra e apurar como o casal consegue produzir o papel de altíssima qualidade.
Texto: Brenda Corti, estagiária da Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)
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