A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), com apoio da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, cumpriu, nesse domingo (28), um mandado de prisão preventiva contra um homem de 58 anos, investigado por tentativa de homicídio qualificado contra um militar de folga.
O crime ocorreu na sexta-feira (26), em um posto de combustível no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. Após diligências, a Polícia Civil identificou o autor, que estava escondido, e solicitou a prisão preventiva, deferida pela Justiça.
O investigado se apresentou espontaneamente à autoridade policial na tarde desse domingo (28), acompanhado de seu advogado. Ele foi preso e encaminhado ao Centro de Triagem, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Os detalhes da investigação foram apresentados durante coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira (29), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
A delegada do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), Gabriela Enne, explicou que as diligências começaram logo após o acionamento do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), que informou sobre a agressão no posto de combustível.
“Imediatamente iniciamos as diligências para coletar imagens de videomonitoramento e ouvir testemunhas no local. Conseguimos identificar o autor da agressão e seu endereço residencial”, afirmou a delegada.
Segundo a delegada, houve tentativa incessante de prisão em flagrante durante a madrugada, mas, ao chegarem à residência do investigado, as equipes constataram que ele havia fugido para o interior do Estado.
Posteriormente, com o apoio dos serviços de inteligência, a DEHPP passou a monitorar o suspeito, que foi localizado em diferentes regiões do interior. De acordo com a delegada, ao tomar conhecimento de que havia um mandado de prisão em seu desfavor, o homem, de 58 anos, decidiu se entregar.
“Durante o interrogatório, o suspeito alegou que, no dia do crime, estava em uma loja de roupas masculinas de sua propriedade, localizada no posto de combustível, quando ouviu uma discussão entre a vítima e um funcionário de um lava-jato. Segundo o suspeito, a vítima teria urinado em uma parede do posto, sendo repreendida por pessoas que estavam no local, já que havia mulheres circulando pelo ambiente. Ainda conforme o relato, após troca de xingamentos, ele se apoderou de um cano de PVC com base de cimento e desferiu dois golpes contra a vítima, sendo um na região da clavícula e outro na cabeça, fazendo com que o homem caísse ao solo”, explicou a delegada Gabriela Enne.
Ainda no interrogatório, o suspeito afirmou ainda que teria ouvido a vítima pedir à companheira, que estava dentro do carro, que entregasse uma arma. No entanto, esse fato não foi constatado nas imagens de videomonitoramento.
“Conforme as imagens analisadas pela polícia, ao perceber que o companheiro havia caído e não se levantava, a mulher se apoderou da arma e a apontou para as pessoas que estavam no local, com o objetivo de afastá-las e evitar novas agressões, caracterizando legítima defesa de terceiro”, completou a delegada.
O chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Daniel Fortes, informou que as investigações continuam, com análise aprofundada das imagens e oitiva de testemunhas.
Além disso, será confeccionado, junto ao Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), o laudo de lesões da vítima, para que a polícia tenha ciência da gravidade do quadro clínico.
“Após a conclusão dessas diligências, será feita a análise jurídica para definição do crime a ser atribuído ao investigado, que possivelmente será tentativa de homicídio”, informou Fontes
O delegado também fez um alerta à população para que não faça justiça com as próprias mãos. “O responsável por fazer justiça é o Estado, por meio das forças de segurança pública. Em situações de conflito, é fundamental acionar o 190. Caso isso tivesse ocorrido, provavelmente não teríamos chegado a esse ponto”, pontuou o delegado Daniel Fortes.
Assessoria de Comunicação Polícia Civil
Comunicação Interna – (27) 3198-5832 / 3198-5834
Informações à Imprensa:
Olga Samara / Matheus Foletto
(27) 3636-1536 / (27) 99846-1111 / (27) 3636-1574 / (27) 99297-8693
comunicapces@gmail.com