A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, divulgou, nesta quarta-feira (13), detalhes sobre as apreensões de dois adolescentes, ambos de 17 anos, investigados por envolvimento nas mortes de uma adolescente de 15 anos e uma mulher de 31 anos, além de deixarem duas crianças baleadas. O crime ocorreu no último sábado (09), na região de Grande Santa Rita, em Vila Velha.
O adolescente que pilotava a moto no dia do crime foi apreendido nessa segunda-feira (11) pela Força Tática da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), na Serra. Já o adolescente que realizou os tiros se apresentou, nessa terça-feira (12), à DHPP de Vila Velha. Outros detalhes da investigação foram divulgados nesta quarta-feira (13), na Chefatura da Polícia Civil.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, relatou como as equipes policiais estão patrulhando a região. “A Polícia Civil já está fazendo um trabalho há um tempo na região. Mapeamos a área e identificamos todos os autores que atuam naquele local. Esse está sendo o trabalho da Polícia Civil, um trabalho de inteligência que estamos desenvolvendo no sentido de prendê-los. Quem tem algum mandado de prisão será preso. Convocamos o Gabinete de Crise, onde desenvolvemos planejamento analítico específico para aquela região”, salientou.
Segundo Arruda, a atuação será constante e estratégica: “A Polícia Civil usará todos os seus recursos, tanto humanos quanto intelectuais, além de nossas ferramentas de inteligência, para tirarmos essas pessoas de circulação naquele ambiente e proporcionar a paz que aquela comunidade tanto almeja. Esse é o nosso trabalho, e só iremos terminar esse planejamento analítico específico quando a paz retornar àquele local. O Gabinete de Crise está instalado e iremos continuar atuando todos os dias até conseguirmos estabelecer a ordem”.
O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha, delegado Cleudes Júnior, explicou que, logo após o crime, a equipe foi ao local, colheu informações com testemunhas e identificou os possíveis autores, inclusive com fotografias. As buscas começaram imediatamente e seguiram no domingo (10), com a presença nos velórios para prestar apoio e informar que os executores já haviam sido identificados.
Na segunda-feira (11), foi apreendido o adolescente que pilotava a motocicleta, e, na terça-feira (12), o responsável pelos disparos, contra o qual foi cumprido mandado de internação provisória. Esse último é suspeito de outros cinco homicídios e tem antecedentes por porte ilegal de arma, tráfico e tentativa de homicídio.
Segundo o delegado Cleudes Júnior, as investigações indicam que adolescentes foram recrutados por lideranças do Primeiro Comando de Vitória (PCV) para cometer os ataques, aproveitando-se do tempo reduzido de internação previsto na lei. As apurações continuam para responsabilizar também os mandantes.
"O PCV é liderado na região por um homem conhecido como “Stanley”, é o principal responsável por iniciar a disputa no local, utilizando adolescentes para realizar ataques. Stanley, ex-integrante do Terceiro Comando Puro (TCP), teria sido expulso após desviar dinheiro e drogas, migrando para o PCV e oferecendo conhecimento estratégico para tomada de outros territórios. A tomada das áreas envolveu substituição de pichações e reforço de presença armada", explicou Cleudes Júnior.
“Nós não fazemos distinção de quem é a vítima. Se o crime aconteceu, nós vamos utilizar dos nossos protocolos para poder investigar. Da mesma forma que o homicídio do empresário foi solucionado em dois meses, esses crimes também serão solucionados até em menos tempo. Nós não vamos tolerar esse tipo de ataque, que é um ataque contra a sociedade, é um ataque contra a nossa instituição. Vamos responsabilizar não somente os adolescentes, como todos os responsáveis superiores na cadeia hierárquica”, disse o delegado.
A PCES, em conjunto com as outras forças de segurança, mantém operações de saturação e monitoramento contínuo na área, com equipes caracterizadas e descaracterizadas, apoiadas por análise criminal e inteligência.
"As vítimas do ataque ocorrido no dia nove de agosto não tinham qualquer envolvimento com o tráfico de drogas ou atividades ilícitas. Tratam-se de pessoas inocentes atingidas durante a ação criminosa", complementou Júnior.
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