Governo do Estado do Espírito Santo
17/05/2018 17h53

Polícia Civil capixaba participa de operação nacional em combate à pedofilia

Policiais civis de todo o Estado participaram, nesta quinta-feira (17), da operação nacional “Luz na Infância 2” com objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.  Ao todo, quatro pessoas foram presas em flagrante durante a ação, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e computadores, hd’s, telefones celulares, pendrives, notebooks foram apreendidos.

Organizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério Extraordinário da Segurança Pública (Mesp), no Espírito Santo os mandados foram cumpridos na Grande Vitória e nos municípios de Aracruz, Alegre, Atílio Vivacqua, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Piúma.  “Essa ação é considerada a maior do mundo a ser realizada em um único dia. Ela reflete a interação das delegacias especializadas bem como das Polícias Civil de todo o Brasil”, afirmou o superintendente de Polícia Especializada, delegado José Darcy Arruda.

Em Vitória, os policiais prenderam o aposentado J.C.D.S., de 68 anos. “Quando os policiais chegaram ele estava baixando vídeos com os conteúdos ilícitos”, disse o titular da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPCA), delegado Lorenzo Pazolini.  Durante o depoimento, J.C.D.S. confessou a prática dos crimes. “Ele alegou que comete esses delitos, pois são coisas que a natureza oferece para ele. Além disso, ele afirmou que tem essa prática, desde 2008, e disse que era um hobby que ele tinha para passar o tempo já que ele é aposentado”, informou.

Ainda em Vitória, as equipes da DPCA e da Delegacia de Costumes e Diversões (Decodi) também prenderam o publicitário M. A. S., de 47 anos. “O alvo da ação foi a empresa dele. Lá os policiais encontraram vídeos com conteúdo erótico. Ele confessou que é consumidor desse tipo de material e que já chegou até comprar vídeos, porém disse que não compartilhava as imagens quando havia crianças”, contou o delegado.

Em Vila Velha foram detidos o técnico em prótese dentária S.V., de 41 anos, e o porteiro H.L.S.P., de 53 anos. “Descobrimos que o porteiro praticou o crime até a madrugada de hoje. Em depoimento ele confessou o delito e disse que o pratica há um ano”, afirmou Lorenzo.

Todos os materiais foram periciados e os detidos foram autuados pelos crimes oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar, divulgar, adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. “Se somadas as penas podem chegar até 10 anos de prisão”, disse o titular da DPCA.

Os detidos foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana (CTV).

“Luz na Infância 2”

Mais de 2,6 mil policiais civis de todo o país estão cumprindo 578 mandados de busca e apreensão de arquivos com conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes durante a ação que recebeu o nome de “Luz na Infância”, pelo fato dos acusados deste tipo de delito agirem nas sombras da internet.

Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Dint/Senasp/MESP), com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva. Ao todo, foram analisados um milhão de arquivos. Esse conhecimento produzido durante quatro meses foi repassado às Polícias Civis – em especial Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente, e Repressão a Crimes Informáticos – que instauraram inquéritos e solicitaram aos juízes locais a expedição dos mandados.

Na primeira edição da Operação Luz na Infância, realizada em 20 de outubro de 2017, foram cumpridos 157 mandados de busca e apreensão de computadores e arquivos digitais. Durante a apreensão desses materiais nos 24 Estados e no DF, foram identificadas e presas 112 pessoas que utilizavam esses equipamentos para produzir, guardar ou compartilhar conteúdos de pedofilia na internet. Aquela operação foi resultado de seis meses de levantamentos e investigações coordenados pela Senasp/MESP e órgãos norte-americanos – Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil, Adidância da Polícia de Imigração e Alfandega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE) –, e em conjunto com as agências de inteligência de polícias civis.

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Texto: Fernanda Pontes

 

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