Governo do Estado do Espírito Santo
19/03/2018 16h42 - Atualizado em
19/03/2018 17h24
Polícia Civil conclui inquérito que apurava morte de professora
O chefe de Polícia, delegado Guilherme Daré, e o titular da Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM), delegado Janderson Lube, divulgaram nesta segunda-feira (19) o resultado do inquérito policial que investigava o crime que vitimou a professora Danielly Wandermurem Benicio, de 36 anos, ocorrido no dia 30 de dezembro do ano passado. O corpo da professora foi encontrado no apartamento onde ela morava, no bairro Jardim Camburi, em Vitória, pelo marido dela, identificado como P.N.S.F., de 38 anos, e apontado como o principal suspeito de ser o autor do crime.
“O nível do trabalho de investigação e o da perícia foram de excelência na elucidação desse crime. Ao todo, foram confeccionados nove laudos e juntados no inquérito. Os indícios são de que o autor do crime foi o marido da vítima”, afirmou Guilherme Daré.
Janderson Lube contou que, inicialmente o crime foi tratado como suicídio. “Tanto o laudo preliminar de Local de Morte Violenta como o laudo de exame cadavérico preliminar e a análise das imagens do condomínio onde a vítima morava nos fizeram descartar a hipótese de suicídio e levantaram suspeitas em relação ao marido da Danielly”, disse.
P.N.S.F. foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, em razão do meio cruel, e de feminicídio. Ele já estava preso temporariamente, desde o dia 17 de janeiro, no Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanecerá à disposição da Justiça.
O crime
A professora Danielly Wandermurem Benicio, de 36 anos, foi encontrada morta no dia 30 de dezembro do ano passado, no apartamento onde ela morava, no bairro Jardim Camburi, em Vitória. A hipótese inicial era que se tratava de suicídio.
“É nosso dever investigar todos os crimes, até mesmo aqueles que, inicialmente, aparentam ser suicídio, para comprovar se de fato foi isso mesmo. Sendo assim, no mesmo dia do crime, o marido da Danielly foi conduzido à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi ouvido e liberado por ausência de provas contra ele. Em seguida, demos início às investigações e, por meio da análise das imagens das câmeras de monitoramento do corredor de acesso ao apartamento da vítima, descobrimos que ele foi a última pessoa a ter contato com Danielly enquanto ela ainda estava viva e a primeira a chegar ao local quando o corpo havia sido encontrado”, contou o delegado.
Dando continuidade às investigações, os laudos periciais revelaram que a causa da morte da professora foi uma hemorragia Intracraniana provocada por ação de um objeto contundente. “Além disso, o corpo dela também apresentava outros tipos de lesões. Diante dessas evidências, pedimos a prisão temporária do marido da vítima, que foi concedida pela justiça, sendo o mandado de prisão cumprido no dia 17 de janeiro”, disse Janderson Lube.
O responsável pelo caso disse ainda que durante as investigações foram colhidos 22 depoimentos e foram juntados nove laudos periciais, confeccionados cinco relatórios de análise e de investigação, além de outras peças acrescentadas ao Inquérito Policial.
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