Governo do Estado do Espírito Santo
03/12/2025 14h42

Polícia Civil cumpre mandado de prisão de 'falso advogado’ em Guaçuí

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Guaçuí, cumpriu, nessa terça-feira (02), dois mandados de busca e apreensão, bem como um mandado de prisão, expedidos contra um homem de 24 anos pelo Juízo da Comarca de Alegre, pelos crimes de estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e a contravenção penal de exercício ilegal da profissão. O mandado foi cumprido no bairro Nova Guaçuí, em Guaçuí.

No decorrer das investigações, tiveram início no começo de novembro de 2025, apurou-se que o indivíduo em questão, que já fez faculdade de Direito, mas não terminou, apresentava-se às pessoas, falsamente, como advogado, inclusive utilizando um número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil inexistente, e, com a promessa de defendê-las em questões cíveis, trabalhistas e infrações de trânsito, e cobrava determinados valores, cujo montante ultrapassa R$ 5.000,00.

“Para dar aparência de legalidade à sua atuação, esse homem fazia procurações em que se apresentava como advogado, alterava o teor de decisões judiciais para enviar às vítimas, fazendo incluir o nome delas, bem como chegou a falsificar a assinatura do presidente e da vice-Presidente da 6ª Subseção da OAB de Guaçuí em um suposto convite para uma solenidade de entrega da carteira da Ordem a ele, que nunca ocorreu”, explicou a titular da Delegacia de Polícia (DP) de Guaçuí, delegada Yasmin Fassarella.

De acordo com a apuração, o investigado ainda usava um escritório de advocacia conhecido, situado no Centro da cidade, o que também fazia com que as vítimas acreditassem que ele realmente trabalhava como advogado neste local, onde as atendia e fazia reuniões. Os proprietários do local relatam que também foram enganados pelo 'falso advogado'.

Após o registro da primeira ocorrência, em menos de um mês, foram registrados outros nove boletins, nos quais as vítimas relatam o mesmo modus operandi por parte do investigado, que, inclusive, até a sua prisão, continuava conversando com algumas vítimas e negando-se a entregar os documentos destas que estavam em poder dele, bem como restituí-las o prejuízo em dinheiro, já que a farsa havia sido descoberta.

“Essas pessoas também procuraram imediatamente a OAB de Guaçuí, que, rapidamente, alertou-as quanto à falsidade do indivíduo e à gravidade da situação narrada, sendo certo que o investigado, ao agir dessa forma, perturba a imagem daquela honrosa instituição, bem como a credibilidade da própria Justiça, fazendo com que as vítimas acreditassem estar sendo defendidas por uma pessoa qualificada, quando, na verdade, estavam sendo enganadas”, disse a delegada Yasmin Fassarella.

Diante disso, a Delegada de Polícia (DP) de Guaçuí representou à Justiça pela decretação da prisão preventiva do alvo, expedição de mandados de busca para apreensão das falsificações e demais objetos relacionados e, ainda, o bloqueio dos valores, o que foi prontamente decretado pelo Poder Judiciário.

Nas buscas residenciais realizadas nessa terça-feira (02) foram localizadas diversas cópias de documentos em nome dos supostos clientes, além de um RG original, bem como notas promissórias que seriam pagas por uma das vítimas até março de 2026. Além disso, foram apreendidas 30 procurações, cujo teor é falso, já que, nelas, o homem se identifica como advogado, com um número de inscrição na OAB inexistente, além de convites para uma falsa solenidade de entrega de carteira da Ordem a ele.

“Até o final do Inquérito Policial outros crimes poderão ser constatados e certamente outras vítimas surgirão, haja vista a quantidade de procurações apreendidas. A Polícia Civil reforça o seu compromisso com a segurança pública e sua atuação contra as falsidades que tanto perturbam a sociedade”, completou a delegada.

 

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